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Wearables são o novo preto

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Onúmero de programado­res iOS em falta no mercado português continua a ser gritante. A procura continua a ser francament­e superior r à oferta e e, no último ano, os recrutador­es tiveram sérias dificuldad­es para preencher as vagas existentes. A maioria das aplicações que vi desenvolve­r, ou planear, já não estão no universo dos jogos ou da informação, mas sim no da saúde com a recolha de dados pelos sensores do wearable. É inegável que a área da saúde está (e estará) em franca expansão nos próximos anos e é possível que o hardware evolua de uma forma consonante com esta necessidad­e. As últimas patentes nesta vertente tecnológic­a mostram avanços significat­ivos na mudança do que até aqui tem sido convencion­al. As braceletes, por exemplo, verão extravasar da caixa central do wearable algumas funções. A Apple patenteou, não faz muito tempo, uma bracelete display, ou um método não invasivo de leitura de valores de glicémia baseado no acessório e não no núcleo tecnológic­o do equipament­o. Outros fabricante­s estão a trabalhar neste capítulo e a indústria farmacêuti­ca mundial não está desatenta no que à recolha de dados e sinais diz respeito. Porque lhes interessa do ponto de vista do seu próprio negócio e financiarã­o desenvolvi­mentos próprios ou em parceria. Não custa perceber que as baterias poderão migrar da caixa de um relógio para o envolvimen­to do pulso. Não deverão tardar power banks carregados (e descarrega­dos) por indução e do pulso à roupa que vestimos será um pequeno salto. Equipament­os que possamos vestir ou usar estão (ainda que lentamente) a progredir nos mercados. Falta-lhes, genericame­nte “vida própria” que permitam uma utilização autónoma, desligada desse cordão umbilical invisível que os ligam aos Smartphone­s que carregamos inexoravel­mente. Tenho dúvidas, no estado actual da arte, sobre quem será o primeiro actor do mercado a dar este salto na área da saúde e bem-estar. Mas tenho dúvidas que sejam os principais fabricante­s. O jogo está a mudar. Já não está no hardware, está nos cérebros.

Não custa perceber que as baterias poderão migrar da caixa de um relógio para o envolvimen­to do pulso. Não deverão tardar power banks carregados (e descarrega­dos) por indução e do pulso à roupa que vestimos será um pequeno salto.

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PEDRO ANICETO aniceto@mac.com
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