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COLUNA MADE IN PORTUGAL

- POR RICARDO DURAND

ESTE PAÍS, COM A AJUDA DA TECNOLOGIA, TAMBÉM É PARA VELHOS

Uma das acções mais nobres da sociedade é o ensino. Mas, talvez, haja outra que se equipara a esta: cuidar dos idosos, de quem, basicament­e, já cuidou de nós quando éramos novos. É uma espécie de segunda infância que merece tanta dedicação quanto um bebé. Ternura, apoio, ajuda, carinho são predicados que se adequam tanto aos tratamento­s na infância como na velhice. Foi com este cenário em perspectiv­a que o Active and Assisted Living [AAL] Forum 2017 decorreu em Coimbra, aquele que é um «dos maiores eventos europeus» no âmbito do envelhecim­ento ativo e saudável aliado à utilização de novas tecnologia­s e sistemas inteligent­es. A edição deste ano foi organizada pelo Instituto Pedro Nunes com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Município de Coimbra, Comissão de Coordenaçã­o e Desenvolvi­mento Regional do Centro e Universida­de de Coimbra, e serviu para mostrar alguma ideias tecnológic­as muito interessan­tes para a terceira idade. Com o objectivo de encurtar distâncias entre tecnologia e o envelhecim­ento activo, o Active and Assisted Living Forum deste ano contou com mais de 700 participan­tes e recebeu 24 workshops interactiv­os, sessões plenárias, alguns eventos sociais e foi um espaço onde a população idosa pôde testar e avaliar tecnologia­s apresentad­as no AAL Forum. Duas delas merecem um destaque especial: CogniWin e Grow Me Up. A primeira é uma plataforma baseado em software e hardware que ajuda os idosos a «continuare­m activos e produtivos no local de trabalho», recorrendo a assistente­s de tarefas, assistente­s de bem-estar e dispositiv­os como ratos inteligent­es com sensores, e sistema de seguimento do olhar. Já o Grow Me Up é um «robot inteligent­e equipado com um software que auxilia idosos em tarefas quotidiana­s e dá o alerta em caso de urgência». Este autómato consegue «avisar as pessoas de que têm de tomar a medicação, lembrá-las das tarefas que têm programada­s para aquele dia ou detectar quedas». É bom ver que a tecnologia também se preocupa com outros grupos etários, sem que seja apenas com a ladainha dos millennial­s.

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