COLUNA MADE IN PORTUGAL
ESTE PAÍS, COM A AJUDA DA TECNOLOGIA, TAMBÉM É PARA VELHOS
Uma das acções mais nobres da sociedade é o ensino. Mas, talvez, haja outra que se equipara a esta: cuidar dos idosos, de quem, basicamente, já cuidou de nós quando éramos novos. É uma espécie de segunda infância que merece tanta dedicação quanto um bebé. Ternura, apoio, ajuda, carinho são predicados que se adequam tanto aos tratamentos na infância como na velhice. Foi com este cenário em perspectiva que o Active and Assisted Living [AAL] Forum 2017 decorreu em Coimbra, aquele que é um «dos maiores eventos europeus» no âmbito do envelhecimento ativo e saudável aliado à utilização de novas tecnologias e sistemas inteligentes. A edição deste ano foi organizada pelo Instituto Pedro Nunes com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Município de Coimbra, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e Universidade de Coimbra, e serviu para mostrar alguma ideias tecnológicas muito interessantes para a terceira idade. Com o objectivo de encurtar distâncias entre tecnologia e o envelhecimento activo, o Active and Assisted Living Forum deste ano contou com mais de 700 participantes e recebeu 24 workshops interactivos, sessões plenárias, alguns eventos sociais e foi um espaço onde a população idosa pôde testar e avaliar tecnologias apresentadas no AAL Forum. Duas delas merecem um destaque especial: CogniWin e Grow Me Up. A primeira é uma plataforma baseado em software e hardware que ajuda os idosos a «continuarem activos e produtivos no local de trabalho», recorrendo a assistentes de tarefas, assistentes de bem-estar e dispositivos como ratos inteligentes com sensores, e sistema de seguimento do olhar. Já o Grow Me Up é um «robot inteligente equipado com um software que auxilia idosos em tarefas quotidianas e dá o alerta em caso de urgência». Este autómato consegue «avisar as pessoas de que têm de tomar a medicação, lembrá-las das tarefas que têm programadas para aquele dia ou detectar quedas». É bom ver que a tecnologia também se preocupa com outros grupos etários, sem que seja apenas com a ladainha dos millennials.