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WIKO VIEW

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Depois de ter atravessad­o um deserto, podemos dizer com alguma segurança que a Wiko está de volta ao que melhor sabe fazer: bons smartphone­s a um preço baixo. Foi assim que esta marca entrou em Portugal há uns cinco anos e chegou a ocupar o segundo lugar das mais preferidas no nosso mercado. Por isso, é natural que tenha de ser assim que a marca escreva a sua estratégia para voltar a aproximar-se desse posto. A Wiko apostou, ainda durante o Verão, no lançamento de um smartphone topo de gama, o Wim, mas a verdade é que até agora ainda não há notícias sobre este modelo: nem boas, nem más. Na IFA, a grande feira de tecnologia que todos os anos desvia todos os olhares no início de Setembro, a estrela foi este View. É aqui que a marca se abre à nova tendência do mercado mobile: os grandes ecrãs, praticamen­te sem moldura - neste modelo em concreto, este conceito está mais vincado nas laterais. Contudo, no topo e na base, há apenas um centímetro livre de ecrã; mas, parece que só em cima é que este espaço se justifica, devido à presença do auscultado­r, da câmara frontal e de um sensor. Em baixo, como não há qualquer botão físico e dado que os controlos tácteis passam a ser digitais, no ecrã, fica a dúvida: será que a Wiko não poderia ter causado uma sensação maior ao esticar totalmente o ecrã até ao fim, tal como acontece com o iPhone X? Ficamos com a ideia de que, assim, o factor ‘wow’ seria total. É importante, porém, lembrar que estamos a falar de um smartphone que custa 190 euros e que, como está, com este grande ecrã de 5,7 polegadas (maior que o do Nokia 8, por exemplo), faz com que a relação qualidade/preço esteja justificad­a. De resto, estamos perante um tradiciona­l smartphone Wiko, com um bom equilíbrio entre todos os elementos: a memória é suficiente, o processado­r consegue lidar com tarefas mais puxadas e as máquinas fotográfic­as não desiludem - aqui, uma realidade que foge ao comum: a câmara com mais MP está à frente e não atrás, o que deixa antever que o View pode estar mais preparado para um público jovem, sedento de selfies.

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