ALGORITMOS IMPERFEITOS
Já que está na moda falar-se mal do YouTube (e dos seus utilizadores), está na altura de dizer de minha justiça. Creio que os problemas de todas as controvérsias recentes não estejam relacionados com quem produz os conteúdos, mas sim com quem gere as próprias plataformas: ao basearem-se demasiado nos algoritmos, acabando por colocar conteúdos impróprios nas tendências da plataforma. Veja-se o exemplo do caso do vídeo removido de Logan Paul, que aproveitou a exposição de um corpo de uma pessoa que tinha cometido suicídio na floresta japonesa de Aokigahara, para aumentar visualizações no seu canal. Esta situação, embora seja claramente uma violação dos códigos de conduta da plataforma, foi temporariamente ignorada, gnorada, tendo estado nas tendênciasências do YouTube, antes de ser removido. Logan regressou três semanas emanas depois com um vídeo a pedir desculpa aos seus seguidores,uidores, ao abordar a temática da prevenção de suicídios. Até aqui tudo bem, excepto o facto de Logan ter voltado às “palhaçadas” çadas” do costume, e novamentemente à publicação de conteúdosdos parvos, como retirar peixes dee um aquário e tentar reanimá-los, imá-los, bem como usar um taseraser em dois ratos mortos. Parecerece que esta foi a gota de água,a, já que os responsáveis do YouTube ouTube removeram toda a publicidadeblicidade do canal de Paul Logan. Foi uma autêntica reviravoltaravolta para um criador de conteúdosdos que chegou a ser um dos utilizadores prioritários da plataforma. Será a situação de Logan o suficiente para que a Unilever (segundo maior grupo anunciante do planeta) mude de ideias quando à remoção dos mais de dois mil milhões de euros em investimento publicitário em plataformas digitais, por estas terem «políticas tão transparentes quanto um pântano», segundo revelou Keith Weed, o seu responsável máximo do marketing?