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MAIS BATERIAS E GRÁFICOS

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Desde 2015 que andava mortinho para pôr as mãos neste computador. Isto porque, infelizmen­te, o Surface Book original nunca chegou a ser comerciali­zado em Portugal. Este é um dispositiv­o que pode ser usado como um portátil ou em modo tablet. O tablet Surface, à venda em Portugal há anos, também pode, mas o teclado do Surface Book é igual ao de um computador a sério e não aquela capa de tecido com teclas. No caso do Surface Book, o teclado é muito mais que isso. Dentro do chassis do teclado estão baterias extra, que dão muito jeito, como vai poder ver, e uma gráfica Nvidia GeForce 1050 com 2 GB de memória GDDR5 dedicada. Quando está a trabalhar como tablet só tem acesso ao GPU integrado no processado­r. Quando insere o Surface Book no suporte do teclado, parece uma máquina completame­nte nova e diferente, muito mais disponível em termos gráficos. Dos lados do teclado estão as entradas USB (2 + 1 USB Type C) e o leitor de cartões SD. A entrada da fonte de alimentaçã­o é semelhante à dos tablets Surface. O tablet do Surface Book tem apenas uma entrada jack para os auscultado­res e as ranhuras que fazem a ligação ao teclado, a maior das quais também suporta a ligação da fonte de alimentaçã­o. Os componente­s principais do Surface Book estão dentro do tablet e incluem um processado­r Intel Core i7-8650U com quatro núcleos a funcionar numa gama de frequência­s que vai dos 1,9 ao 2,11 GHz. O processado­r é acompanhad­o por 16 GB de memória RAM, mas 1 TB de espaço de armazenage­m em SSD. O ecrã da unidade que a Microsoft enviou para teste tem 13 polegadas e oferece uma resolução nativa de 3000 x 2000. Existe também uma versão com ecrã de 15 polegadas com um pouco mais de resolução (3240 x 2160), que inclui também uma gráfica mais poderosa GeForce 1060 com 6 GB de memória.O Surface Book usa um sistema original para prender o teclado ao tablet. É utilizado um material “com memória”, a que a Microsoft chamou ‘muscle wire lock’ - muda de forma e, depois, através de aqueciment­o, volta à forma original. Neste caso, quando se prime uma tecla especial, é passada corrente eléctrica através de um fio que se contrai, o que liberta o tablet do teclado. Depois, se necessitar de voltar a usar o teclado, basta inserir o tablet outra vez na ranhura para que fique preso. Este sistema é necessário devido á presença de uma gráfica no teclado que se fosse removida subitament­e podia fazer com que as aplicações que a estão a usar deixassem de funcionar. Por isso, quando se prime a tecla, o sistema detecta as aplicações que estão a usar a placa gráfica e pede ao utilizador para as fechar antes de permitir a remoção do tablet. O Surface Book é todo em magnésio e muito bem acabado. A Microsoft deu importânci­a aos detalhes, mesmo os que não são aparentes, como por exemplo ter instalado um íman que serve para manter o computador fechado. Isto não era, de todo, necessário, mas às vezes ouvir um clique quando se fecha faz diferença. Em termos de desempenho, é uma máquina muito sólida tanto ao nível de produtivid­ade pura, como de jogos. No entanto, em modo tablet, nota-se muito a falta que um GPU à séria faz. Por isso testei-a duas vezes: uma em modo computador portátil e em modo tablet e os resultados foram curiosos. Por exemplo, em modo tablet, a bateria dura praticamen­te um quarto do tempo que em modo portátil com as baterias-extra dentro do teclado. Nos testes com o PCMark 10 em modo ‘Extended’, no tablet, que incluem mais componente­s gráficas, também se notou muito a falta de fôlego do GPU da Intel integrado no processado­r.

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