Há uma app para tudo

«Senator…

… I don’t know what you mean, senator». Não raras vezes a ignorância é considerada uma bênção e terá sido isso que tanto José Sócrates como Mark Zuckerberg se agarraram nos inquéritos a que foram sujeitos. Vale ao Mark que ainda alguém atribui alguma credibilidade às apps do Facebook e estas ainda servem umas duas mil milhões de pessoas. À semelhança das empresas, também este tipo de serviços é dado a spin-offs. Nestas últimas semanas surgiu a app Local. Da tab Eventos, que já tinha num separador do seu browser, ou na app Facebook, nasceu uma ferramenta que lhe mostra os eventos da cidade e por onde os seus amigos se movem. No fundo permite-lhe navegar por proximidade, data ou categorias os eventos da sua Localidade. Se não decidiu como se deslocar até esses eventos considere a Emov. É a versão DriveNow do grupo PSA e tem 150 carros eléctricos em Lisboa à sua disposição. Começa, de facto, a fazer sentido pensar na mobilidade em viatura própria nas grandes cidades portuguesas. Da bicicleta, à mota, ao carro e em breve a carrinhas de sete e nove lugares. Do carsharing ao ridesharing as soluções são cada vez mais versáteis. É fazer contas. Para essas e, para as mais complexas sugiro-lhe a Photomath. Já me foi de utilidade extrema para brilhar junto do meu filho adolescente. Basta apontar a câmara do telefone para o livro de exercícios para ver a app resolver equações em milissegundos, que colocariam os cabelos de Einstein em pé e que teriam evitado ao actual Secretário-Geral da ONU a célebre frase, «portanto, enfim, é fazer a conta», quando falava sobre o PIB, na campanha para primeiro-ministro, em 1995. E são de facto tantas as ferramentas actualmente à nossa disposição que quase somos obrigados a acreditar na bênção da ignorância. Até porque enquanto não forcemos a possibilidade de uma nova Guerra Fria se delimitar a um jogo disponível numa plataforma digital, a diplomacia mais se parece uma actividade de um qualquer social club.