GOD OF WAR
Kratos chegou à Escandinávia. Odin e Thor que se cuidem!
Passaram-se muitos anos desde que Kratos destruiu o Olimpo no episódio anterior. Agora, o nosso guerreiro espartano está mais velho e tem um filho: Atreus. O jogo começa com uma morte, a da companheira de Kratos, que vai ser o início de uma viagem para depositar as suas cinzas no topo da montanha mais alta dos nove reinos. Como já deve ter percebido, a viagem está cheia de perigos e de puzzles para resolver. Kratos perdeu as Lâminas do Caos que lhe tinham sido dadas por Ares, o verdadeiro deus da guerra no panteão grego. Agora tem o machado Leviathan que pode ser melhorado ao longo da viagem com vários tipos de ataques e feitiços de protecção. Já Atreus tem um arco que serve essencialmente para distrair ou atordoar os inimigos. As armaduras de Kratos e de Atreus também se podem alterar e melhorar ao longo do jogo.
NO TOPO DO TOPO
Visualmente, God of War está no topo do topo do que se consegue fazer na PS4, principalmente na Pro, que tem 4K e HDR: os cenários são simplesmente magníficos. As florestas quase que cheiram a pinho e a terra molhada; nas cenas com neve, o frio sente-se. Quando há lama e neve, as pegadas de Kratos e Atreus ficam no chão. Magnífico! Visualmente, o único reparo que se pode fazer é nos close-ups em que a textura da pele de Kratos parece algo plástica. Usei a versão original das vozes do jogo, embora esteja dobrado em português, e a voz de Christopher Judge, o Teal’c, o Jaffa de Stargate SG1, assenta que nem uma luva em Kratos. Este novo God of War não é um jogo de mundo aberto, mas também não afunila tanto a acção como nos episódios anteriores. Existem agora missões secundárias que podem ser feitas pela ordem que se quiser e que, na prática, servem para Kratos e Atreus obterem recursos para melhorar as armaduras armas. God of War mantém uma das coisas que fez deste jogo um sucesso, a imprevisibilidade do nível de dificuldade, ou seja, o início do jogo não quer dizer que seja a parte mais fácil. Aqui entra uma coisa menos boa, os pontos de gravação. Para gravar a progressão, existem vários save points, ou seja, não se consegue gravar no sítio exacto onde se está. Que dizer que, por vezes, quando se tem a infelicidade de se ser eliminado numa área tem de se andar bastante para se tentar ultrapassar esses inimigos outra vez.