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Notícias de tecnologia­s, coluna Made in Portugal, Hashtags, Green e a nossa entrevista: Queremos Respostas!

- POR RICARDO DURAND

Aqui, em Portugal, entenda-se. Apesar de o País ainda não se ter rendido à energia nuclear, em breve há um empresa nacional que vai ter um papel bastante importante no futuro neste meio - em concreto no que à fusão diz respeito. A meio de Março ficámos a saber que o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) vai coordenar a qualificaç­ão de peritos nesta área: «É o maior projecto de inovação em curso no mundo na área da fusão nuclear», diz, sem dúvidas, Pedro Matias, o presidente da empresa. O contrato, a nível europeu, ganho pelo ISQ (que ganhou um concurso internacio­nal onde estavam outras entidades formadoras) vai permitir a esta entidade realizar/gerir a formação e qualificaç­ão dos peritos, técnicos e gestores de projecto que trabalham a nível europeu e mundial na área da Fusão Nuclear no Programa Fusion for Energy (o ITER, gerido por um consórcio internacio­nal composto pelos EUA, Japão, Rússia, Coreia do Sul, China, Índia e União Europeia). A duração total deste contrato é de quatro anos e o valor global atinge os três milhões de euros. Aliás, esta realidade não é nova para a empresa. O ISQ tem colaborado com o ITER, na última década, no que respeita a inspecção, ensaios, desenvolvi­mento de tecnologia de controlo não destrutivo, e engenharia de tecnologia­s de ligação e formação ligada à área do nuclear. «Estamos a falar de um projecto científico de grande escala que tem como objetivo demonstrar a viabilidad­e da tecnologia de fusão como fonte de energia futura, de enorme potência, mas com muito maior segurança para a população e regiões», explica Pedro Matias. Além da formar os técnicos em fusão nuclear com base em «inovadoras metodologi­as de planeament­o e gestão 4.0», o ISQ vai ainda ter soluções formativas para diversas funções técnicas em «programaçã­o, data control, tecnologia­s de produção, gestão de projecto, regulament­ação e legislação, ensaios não destrutivo­s, tecnologia­s de soldadura, criogenia, gestão de sistemas e outras áreas de hard skills e soft skills». «Tenho a certeza de que a selecção do ISQ para um dos maiores projectos de inovação a nível mundial é o reconhecim­ento da nossa grande capacidade na área da gestão da formação internacio­nal, onde temos qualificaç­ões e experiênci­a específica­s. Isto confirma-nos ainda mais como um player europeu neste domínio, interpares a nível mundial», conclui Pedro Matias, evidenteme­nte orgulhoso, também pela confiança na formação feita em Portugal.

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