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A voz da casa do futuro

- A N D R É G O N Ç A LV E S concept@humanoid.net

LEm 2002 sonhava com todo o potencial que a automação caseira poderia a ter na minha casa. Na altura encontrei soluções de domótica rudimentar­es que implicavam uma instalação profission­al, baseadas em sistemas muito pouco flexíveis e pensados para uma implementa­ção no momento da construção do edifício.

Esta combinação tornava as soluções não só muito limitadas como extremamen­te caras. Em 2012 voltei a tirar o sonho da gaveta e descobri uma série de novas tecnologia­s que facilitava­m a instalação e a implementa­ção faseada, no entanto eram soluções totalmente incompatív­eis entre elas, o que me deixava sérias dúvidas sobre o seu futuro. Mantendo um olhar atento à evolução e para não adiar mais o sonho, em 2015 decidi começar a dar inteligênc­ia à minha casa.

Optei por aquele que me parecia o protocolo de comunicaçã­o com maior potencial de futuro para implementa­ção em minha casa. Nesse momento lembro-me de questionar a razão pela qual não poderiam os diferentes fabricante­s acordar num protocolo de comunicaçã­o para esta área tal como aconteceu com a aliança Wi-Fi. Perguntava também por que razão os grandes players da tecnologia de informação não pegavam neste mercado, com projetos como o Android@ home da Google a nunca verem a luz do dia, apesar das várias promessas.

Em 2017 começámos a ver a Google a Amazon ou a Apple venderem o sonho da automação caseira através dos seus assistente­s digitais, no entanto, muito pouco foi ainda feito para uniformiza­r o processo de comunicaçã­o entre os vários elementos que a constituem. Os fabricante­s de electrodom­ésticos, sistemas de iluminação e automação continuam de costas voltadas a lutar pelos seus próprios protocolos de comunicaçã­o.

Hoje, além de manter o que tinha, vi-me obrigado a adoptar alguns dos outros protocolos de comunicaçã­o que tinha rejeitado em 2015, para conseguir integrar todas as funcionali­dades que procurava na minha casa. Com todos os riscos de segurança e estabilida­de de funcioname­nto que isso implica. Mas mantenho a esperança de conseguir ter a minha casa a falar a uma só voz.

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