ARREBATADOR
Pode uma carrinha (ou shooting brake) plug-in ug-in híbrida ser considerada um verdadeiro Porsche ou será esta solução um disparate ainda maior do que o Panamera original? Bem, talvez haja boas notícias para quem sempre desejou um Porsche para o dia-a-dia
Pegando na plataforma do Porsche Panamera, que chegou recentemente à sua segunda geração, o novo Sport Turismo (ST) acrescenta mais espaço e um melhor acesso aos lugares traseiros, bem como um aumento da capacidade da bagageira para 520 litros (425 litros, nos modelos híbridos), sem ter sido preciso alterar o comprimento e a distância entre eixos. O novo portão traseiro de abertura eléctrica foi redesenhado, garantindo assim um acesso mais baixo e facilitado à mala, face ao Panamera “tradicional”. No interior, destaque para o facto de a Sport Turismo ser o primeiro Panamera a comportar três passageiros (4+1) nos bancos traseiros, embora o modelo testado viesse equipado com os opcionais bancos individuais que, além de serem mais baixos (ganhando mais espaço em altura), tinham a particularidade de serem aquecidos, ventilados e incluírem diversos modos de massagem.
PORSCHE HÍBRIDO
Por se tratar de uma versão híbrida plug-in, este Panamera ST conta com um sistema de baterias de iões de lítio de 14 kWh, garantindo assim uma autonomia máxima de 50 km em modo totalmente eléctrico, embora não tenhamos conseguido mais do que 44 km. Mas, mais impressionante que este resultado foram os consumos conseguidos em modo Hybrid Auto que, respeitando os limites de velocidade, ficaram muito próximos dos valores anunciados numa utilização quotidiana (casa-trabalho), o que não deixa de ser impressionante num automóvel com 462 cavalos de potência combinada. Claro que, quando necessário, facilmente nos apercebemos por que razão se paga tanto por um Porsche, pela imediata disponibilidade de toda a potência, associada a um poder de aceleração que deixa qualquer passageiro boquiaberto. O único opcional que nos faltou foi o carregador de 7,2 Kw, que consegue diminuir para metade o tempo de carregamento da bateria face ao carregador de série de 3,6 Kw.
COMPÊNDIO TECNOLÓGICO
No interior, destaque para a presença de um impressionante ecrã táctil de doze polegadas que permite gerir desde a navegação, telefone, entretenimento, configuração de chassis e climatização, existindo neste último caso a possibilidade de ajustar a direcção do fluxo de ar da ventilação central. Graças à utilização do sistema Direct Touch Control, só conseguimos encontrar oito botões físicos (volume do som, temperatura individual, travão de mão e pouco mais) na consola central, sendo tudo o resto substituído por painéis com botões tácteis que simulam o tacto de botões reais, estando estes organizados de forma intuitiva, situação essa repetida na consola central dos lugares traseiros
individuais.