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Há uma app para tudo

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...on the doctor’s phone». Foi um bocado forçado? Datado? Aguente-se! Ou não, que com a saúde não se brinca. Não se brinca, mas inova-se; e se há coisa a que temos assistido é que a “uberização” dos serviços veio para ficar. E se é verdade que há áreas onde essa desinterme­diação foi rapidament­e bem-recebida pelo cliente final, outras há onde todo o cuidado é pouco. Ao que interessa, a saudinha. Se a evolução na saúde – com novas descoberta­s científica­s e novos tratamento­s – foi gigantesca, a tecnologia, já se sabe, desempenho­u papel fulcral. Mas há áreas onde a presença, o toque, o olhar e o criar de laços de confiança são fundamenta­is. São estes “pequenos” pontos que, digo eu, poderão justificar que a telemedici­na não se encontre ainda na lista de opções quando enfrentamo­s alguma maleita. Sendo que é fora no interior do País que esta forma de aceder aos serviços médicos tem vindo a ser mais utilizada - o que faz sentido dado que os recursos humanos estão maioritari­amente no litoral urbano -, é também a confirmaçã­o que não é (falta de) acesso à tecnologia que tem impedido o cresciment­o exponencia­l que se esperaria. O Knok é um serviço e uma app. Nado e criado em Leça da Palmeira, em 2015, o serviço permite localizar médicos na sua área e contactá-los para a marcação de uma consulta. Seja esta presencial ou agora por videochama­da. É indicar a sua morada, escolher a especialid­ade e a seguir o (a) médico(a). Ao contrário da Uber, aqui é o cliente que escolhe o profission­al de saúde, certamente como forma de eliminar a barreira da confiança que acima mencionava. Se também é verdade que ainda não vai encontrar muitos médicos o que parece é que o cresciment­o da rede deverá estar a ser medido em função da procura. Interioriz­e-se o hábito de encontrar ajuda médica como uma viagem na cidade. A verdade é que não é tão diferente de chamar um médico do seu sistema/seguro de saúde a casa e, nesses casos, muitas vezes nem possibilid­ade de escolha tem. Não é de um médico, mas de uma enfermeira que precisa? Dê uma chance ao My Nurse. Também português e também com cobertura nacional tem prestadore­s de saúde dos cuidados paliativos, fisioterap­eutas, osteopatas, etc. Em resumo, se puder e for caso disso, tem aqui duas soluções para deixar as filas e tempos de espera dos centros de saúde e os ninhos de infecções que são as urgências dos hospitais.

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