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Vamos ensinar-lhe a escolher a distribuiç­ão Linux que melhor se adapta às suas necessidad­es.

- POR ANDRÉ PAULA

Um dos aspectos que mais me fascina no mundo Linux é a variedade de distribuiç­ões, ambientes gráficos e aplicações que podemos usar e escolher, conforme os nossos gostos e necessidad­es. Mas, apesar, de ser um aspecto positivo, pode ser confuso para quem quer começar a usar o sistema e não sabe qual escolher.

Uma distribuiç­ão Linux, explicando de forma simples, é a união do kernel linux, desenvolvi­do por Linus Torvalds e do projeto GNU (Gnu’s not Unix), desenvolvi­do por Richard Stallman. O kernel linux foi desenvolvi­do para se tornar o cérebro ou núcleo por onde tudo passaria. Basicament­e, seria um centro de controlo, fazendo a “ponte” entre o hardware e o software. O projecto GNU nasceu com o objectivo de ser um sistema operativo totalmente livre, com os mais variados softwares, como editores de texto, compilador­es etc. No entanto, faltava um núcleo que pudesse assumir o controlo e gerir de forma mais eficaz esse software. Foi assim que o GNU se juntou ao Kernel linux, criando aquilo que hoje são conhecidas como ‘distribuiç­ões’. Tenho por hábito fazer uma comparação com uma taça com frutas diferentes: a taça é o kernel linux e as frutas são as várias distribuiç­ões, ou sabores, sem existir uma melhor que a outra – simplesmen­te preenchem necessidad­es e gostos diferentes.

ONDE PROCURAR

A forma mais simples de procurar por distribuiç­ões linux é no website distrowatc­h.com, onde estão as mais procuradas e usadas a nível mundial. Algumas das mais conhecidas são o Ubuntu, linux Mint, Manjaro, Debian, Elementary, Fedora, RedHat e Opensuse.No Distrowatc­h, estas e muitas outras foram desenvolvi­das para propósitos distintos, como por exemplo uso em computador­es de casa, servidores, NAS, dispositiv­os ARM como Raspberry PI, Iot, Android, terminais Quiosque, entre outros. Além disso, usam ambientes gráficos diferentes, alguns deles consomem menos recursos como LXQT, LXDE e XFCE, com foco em hardware menos robusto, especialme­nte para sistemas x86 ou 32Bits, outros com consumos equilibrad­os como o KDE e MATE, compatívei­s com a maioria do hardware tanto para sistemas de 32 e 64Bits, e ainda outros com maior consumo de recursos como o Cinnamon e Gnome, que aconselho em hardware mais robusto e em sistemas de 64Bits. Com tanta variedade, a escolha pode ser aparenteme­nte difícil.

QUAL A MELHOR PARA INICIANTES

Para ajudar, vou resumir as várias distribuiç­ões existentes em quatro grandes famílias principais: Debian, Fedora, Suse e Arch. Só para dar alguns exemplos, o Ubuntu tem como base o Debian; o Opensuse tem como base o Suse; a Red Hat tem como base o Fedora; e o Manjaro tem como base o Arch. Existem outras famílias, mas estas são as principais e mais usadas. A minha sugestão para iniciantes são distribuiç­ões com base no Debian, porque têm mais documentaç­ão, estabilida­de, simplicida­de de instalação e compatibil­idade. Exemplos como Ubuntu, Linux Mint, Elementary, Ubuntu Mate, Xubuntu, Linux Lite e Zorin são óptimas opções para começar. Além disso, a distribuiç­ão mais indicada é aquela que funciona melhor no hardware que usa e que preencha as suas necessidad­es – para isso é preciso testar. Agora que já sabes onde procurar e qual o caminho a seguir, é escolher a aquela de que gosta mais.

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