Vamos ensinar-lhe a escolher a distribuição Linux que melhor se adapta às suas necessidades.
Um dos aspectos que mais me fascina no mundo Linux é a variedade de distribuições, ambientes gráficos e aplicações que podemos usar e escolher, conforme os nossos gostos e necessidades. Mas, apesar, de ser um aspecto positivo, pode ser confuso para quem quer começar a usar o sistema e não sabe qual escolher.
Uma distribuição Linux, explicando de forma simples, é a união do kernel linux, desenvolvido por Linus Torvalds e do projeto GNU (Gnu’s not Unix), desenvolvido por Richard Stallman. O kernel linux foi desenvolvido para se tornar o cérebro ou núcleo por onde tudo passaria. Basicamente, seria um centro de controlo, fazendo a “ponte” entre o hardware e o software. O projecto GNU nasceu com o objectivo de ser um sistema operativo totalmente livre, com os mais variados softwares, como editores de texto, compiladores etc. No entanto, faltava um núcleo que pudesse assumir o controlo e gerir de forma mais eficaz esse software. Foi assim que o GNU se juntou ao Kernel linux, criando aquilo que hoje são conhecidas como ‘distribuições’. Tenho por hábito fazer uma comparação com uma taça com frutas diferentes: a taça é o kernel linux e as frutas são as várias distribuições, ou sabores, sem existir uma melhor que a outra – simplesmente preenchem necessidades e gostos diferentes.
ONDE PROCURAR
A forma mais simples de procurar por distribuições linux é no website distrowatch.com, onde estão as mais procuradas e usadas a nível mundial. Algumas das mais conhecidas são o Ubuntu, linux Mint, Manjaro, Debian, Elementary, Fedora, RedHat e Opensuse.No Distrowatch, estas e muitas outras foram desenvolvidas para propósitos distintos, como por exemplo uso em computadores de casa, servidores, NAS, dispositivos ARM como Raspberry PI, Iot, Android, terminais Quiosque, entre outros. Além disso, usam ambientes gráficos diferentes, alguns deles consomem menos recursos como LXQT, LXDE e XFCE, com foco em hardware menos robusto, especialmente para sistemas x86 ou 32Bits, outros com consumos equilibrados como o KDE e MATE, compatíveis com a maioria do hardware tanto para sistemas de 32 e 64Bits, e ainda outros com maior consumo de recursos como o Cinnamon e Gnome, que aconselho em hardware mais robusto e em sistemas de 64Bits. Com tanta variedade, a escolha pode ser aparentemente difícil.
QUAL A MELHOR PARA INICIANTES
Para ajudar, vou resumir as várias distribuições existentes em quatro grandes famílias principais: Debian, Fedora, Suse e Arch. Só para dar alguns exemplos, o Ubuntu tem como base o Debian; o Opensuse tem como base o Suse; a Red Hat tem como base o Fedora; e o Manjaro tem como base o Arch. Existem outras famílias, mas estas são as principais e mais usadas. A minha sugestão para iniciantes são distribuições com base no Debian, porque têm mais documentação, estabilidade, simplicidade de instalação e compatibilidade. Exemplos como Ubuntu, Linux Mint, Elementary, Ubuntu Mate, Xubuntu, Linux Lite e Zorin são óptimas opções para começar. Além disso, a distribuição mais indicada é aquela que funciona melhor no hardware que usa e que preencha as suas necessidades – para isso é preciso testar. Agora que já sabes onde procurar e qual o caminho a seguir, é escolher a aquela de que gosta mais.