ADEUS, DIESEL
A Ford descobriu a fórmula perfeita para quem quer ter um carro híbrido confortável, económico, potente e mais barato que as versões TDCi equivalentes.
OFord Mondeo não é um modelo própriamente novo, nem a versão híbrida nesta gama. Porém, o modelo que já tinhamos conhecido, com solução Plug-In, não foi capaz de nos convencer como este HEV (Hybrid Electric Vehicle), que tem a particularidade de ser mais barato que um modelo equiparável com motor diesel. Visualmente, as diferenças são imperceptíveis, existindo apenas alguns logótipos e jantes de dezasseis polegadas com pneus mais estreitos que o habitual, mas de perfil alto. Estes contribuiram de forma fundamental para o conforto magistral registado, sem prejudicar aquilo que é tradicional num modelo Ford, o excelente comportamento dinâmico. No interior, as diferenças são ainda mais discretas, existindo apenas informações adicionais no painel de instrumentos relacionados com o sistema eléctrico. Aqui temos o completo sistema Ford SYNC 3, que é compatível com Android Auto e Apple CarPlay. Em termos de condução, além do já referido conforto e bom comportamento dinâmico, verificámos que a combinação de um motor de 2.0 litros de quatro cilindros com ciclo Atkinson com o motor eléctrico principal (o segundo motor eléctrico carrega a bateria), que geram em conjunto 187 cv de potência, resulta na perfeição para quem queira comprar uma berlina rápida quando necessário, mas impressionantemente económica: registámos consumos dentro dos valores anunciados pelo fabricante. A implementação da caixa CVT (variação contínua) não afecta o conforto a bordo, graças à boa insonorização, mas o Ford Mondeo Hybrid merecia uma travagem mais suave e linear entre o processo de travagem e de regeneração, algo que requer alguma habituação.