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BOOK IN LOOP

A startup portuguesa tem uma solução de economia circular para o mercado da educação, propondo-se a reduzir em até 80% as despesas com os manuais escolares.

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Esta é uma startup que recicla manuais escolares e ajuda a poupar.

ABook in Loop (BiL) aposta na reciclagem de livros escolares do 5º ao 12º ano para resolver o problema do que fazer com os milhares de manuais escolares, que deixam de ser utilizados todos os anos, e que, muitas vezes, ficam a ganhar pó nas estantes das casas das famílias portuguesa­s. A ideia de criar a plataforma foi de João Bernardo Parreira e Manuel Tovar. «O João Bernardo estava ainda a frequentar o ensino secundário e o Manuel tinha acabado de entrar na universida­de, por isso viviam de perto a problemáti­ca dos pais terem de pagar os manuais escolares para serem usados dez meses e depois serem deixados na prateleira» indica Guilherme Coelho, head of product da startup. Foi com o intuito de ajudar as famílias a poupar que os dois estudantes, em conjunto com José Pedro Moura, criaram a BiL. A startup, que até agora já conseguiu atingir «cem mil livros circulados», tem mais de «setenta famílias registadas» que «vendem os manuais de que não precisam e recebem até 20% do PVP» do livro e depois «compram os manuais que necessitam com 60% de desconto». A empresa consegue oferecer, assim, uma «redução de cerca de 80%» nos livros para a escola. «Em média uma família gasta cerca de 215 euros com os manuais escolares e com a Book in Loop pode consegui-los por apenas quarenta euros», esclarece o responsáve­l.A BiL, que vai completar em 2018 o seu terceiro ano de operação, quer chegar este ano aos «1,5 milhões de euros de poupança para as famílias portuguesa­s», revelou à PCGuia, Guilherme Coelho.

PRÓXIMA APOSTA É NO MERCADO UNIVERSITÁ­RIO

O futuro é alargar o modelo de negócio aos livros universitá­rios. A nova solução, que se vai chamar Uniloop (deverá começar em 2019) é mais uma forma de expandir a visão de economia circular da startup. Contudo, acarreta alguns desafios já que, apesar de em termos tecnológic­os e logísticos o novo negócio ser idêntico ao que já têm, há duas grandes diferenças. «O público-alvo é diferente pois já não são mães entre os 30 e os 45 anos» mas «estudantes dos 18 aos 25 anos»; e ao «contrário do que acontece com os manuais do 5º ao 12º ano que são definidos por portaria nacional com o PVP, nas universida­des os livros dependem das faculdades, dos professore­s e até dos alunos», indica o head of product da BiL. Assim em vez de uma «base de dados fixa, a BiL tem de ter uma base de dados feita pelos utilizador­es» refere o executivo. Mas a ideia é, nos próximos anos, alargar o conceito e «oferecer outros produtos e serviços», como por exemplos chegar «às sebentas, um conceito que está muito enraizado nas universida­des portuguesa­s». Além de preparar o novo negócio, até ao final do ano, a Book in Loop quer também conseguir «duplicar o número de livros circulados» em relação a 2017 (sessenta mil livros) e tudo indica que estão no caminho certo para o conseguir.

A BOOK IN LOOP TÊM O APOIO DA SONAE O QUE PERMITE À STARTUP TER UMA PRESENÇA FÍSICA A NÍVEL NACIONAL ATRAVÉS DA REDE DE LOJAS DA NOTE! E DO CONTINENTE.

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A equipa da Book in Loop está a preparar a entrada no mercado universitá­rio aumentando o raio de acção da star tup na economia circular.

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