DESEMPENHO
Outrora um criador de tendências, a Sony tem-se visto algo perdida nos últimos anos, com lançamentos que ficaram aquém das espectativas, como foi o caso dos Xperia XZ1 e XZ2. Com o XZ3, a Sony pode estar de regresso às luzes da ribalta, com um design que está, finalmente, de acordo com as últimas tendências do mercado, especialmente na adopção de um ecrã de formato 18:9 com molduras praticamente inexistentes nas laterais curvas. Na traseira desaparece aquela estranha bossa que tornava o Xperia XZ2 uma espécie de “baloiço”, quando colocado sobre uma mesa. Embora esta tenha desaparecido, continua presente aquele que continua a ser, para nós, o único problema ergonómico do XZ3: o sensor de impressão digital colocado numa posição central. Esta solução faz com que, instintivamente, acabemos por colocar o dedo no sensor de imagem, em vez de no sensor de impressões digitais - era muito mais fácil terem mantido o sensor no botão de power, como acontece no Xperia Z5. simula a criação de graves através de vibração, para uma experiência mais imersiva. Para completar a experiência audiovisual, a Sony estreia, no XZ3, o seu primeiro ecrã OLED, com seis polegadas, resolução QHD+ (2880 x 1440) e capaz de reproduzir conteúdos HDR. Colocando lado a lado com outros ecrãs OLED e AMOLED, as imagens reproduzidas no Xperia XZ3 conseguem ser superiores a nível de contraste, saturação e detalhes; ou seja, é actualmente, o melhor ecrã do mercado. Não nos podemos esquecer do sistema AOD (Allways On Display), que passa a estar disponível pelo facto deo ecrã ser OLED. Em termos de câmara, a Sony voltou a usar o sensor IMX400 que, além de captar imagens de grande qualidade com 19 MP, consegue captar vídeo 4K com HDR (embora a 30 fps) e vídeo em modo superlento a 960 fps com resolução FullHD, algo que nenhum outro smartphone consegue. As grandes novidades estão, no entanto, no software utilizado, que foi bastante simplificado, passando a integrar todas as funções adicionais dentro da própria aplicação. Ainda assim, embora a qualidade das imagens (e vídeo) seja muito boa na grande maioria das ocasiões, as mesmas não estão ao nível dos resultados obtidos com equipamentos rivais da Samsung e Huawei, em situações com luminosidade reduzida. De resto, temos o novo sistema operativo Android Pie (9.0), o poderoso processador Snapdragon 845 e 4 GB de memória RAM, uma “receita” suficiente para garantir o melhor desempenho de sempre num equipamento Android. Só é pena o armazenamento estar limitado a 64 GB, numa altura em que todos os topos de gama vêm equipados com 128 GB, embora possa usar um cartão MicroSD até 512GB. A bateria está ao nível de equipamentos rivais, embora só tenha 3330 mAh de capacidade, fruto da boa gestão energética do processador e do novo sistema operativo.