COMO TENTAR PARAR O FUTURO
Como será a Internet daqui a cinquenta anos? Vão continuar a existir indexadores de informação que nos facilitam as buscas? As redes sociais vão-se começar a confundir ainda mais com a Internet, no geral? Ou vão desaparecer e dar lugar a outras entidades que dêem voz aos utilizadores? E os computadores? Vão ser reduzidos a simples assistentes pessoais, que nos passam apenas aquilo que queremos ver e, assim, limitar o acesso às vastas quantidades de informação que são produzidas todos os dias, em todo o mundo? As respostas a estas perguntas são difíceis de descortinar a esta distância, mas uma coisa é certa, daqui a algum tempo, com os avanços nas tecnologias de inteligência artificial do lado do software, da miniaturização e do crescente poder de processamento, do lado do hardware, tudo o que conhecermos vai ser diferente, quando os nossos filhos tiverem a idade que temos agora. O que espero é que, quando chegar essa altura, as pessoas que estiverem em lugares de responsabilidade, e em posição de tomar decisões, não cometam os mesmos erros que estão a ser cometidos hoje, pelas pessoas que estão nessas posições. Tudo na ânsia de tentar controlar a evolução da tecnologia e das formas diferentes em, já hoje, essa tecnologia é utilizada. Quando se começou a falar mais a sério das novas regras europeias para a gestão dos direitos de autor no mundo digital, um jornalista americano conseguiu resumir tudo num título: «A Europa, em vez de se adaptar à Internet, está a tentar adaptar a Internet à Europa». E todos sabemos que quando alguém se entrincheira, e se agarra ao passado, consegue sempre mudar o futuro. Ou não… a história está cheia de exemplos que não acabaram nada bem…