PC Guia

A escolha ideal

Qual é, afinal, a solução mais indicada para si? Será o smartphone a única câmara de que precisa ou as máquinas fotográfic­as tradiciona­is continuam a ser superiores?

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Tendo em conta os resultados obtidos nos nossos testes, é difícil não classifica­rmos as câmaras de objectivas intermutáv­eis como as vencedoras absolutas, mas justificar o elevado investimen­to numa máquina de topo como uma Sony Alpha A7 III, ou uma Canon EOS 60D Mark II só fará algum sentido se precisar de fotografia­s com qualidade profission­al. Para uma utilização mais quotidiana, à partida qualquer máquina com sensores de uma polegada (ou superior) serão a aposta ideal para quem queira uma excelente máquina fotográfic­a para todas as ocasiões.

SMARTPHONE DE FORA?

Mas as câmaras dos smartphone­s são más? Bem pelo contrário, especialme­nte nos modelos de topo como este Mate 20 Pro, que só não conseguiu melhores resultados nos testes devido a limitações físicas, como a dimensão reduzida dos pixéis do sensor. Aqui, ao usar uma resolução menor, que permitisse aumentar a dimensão de cada pixel, ficávamos em imagens de qualidade superior. Contudo, existem boas razões para a elevada resolução utilizada, como os efeitos de zoom sem perda significat­iva de qualidade através do recorte da imagem captada pelo sensor.

RAW VS. JPG

Embora não tenha sido tão notório quanto no smartphone da Huawei, a compatibil­idade com o formato RAW permitiu captar fotografia­s com um nível de detalhe muito superior às imagens guardadas em JPG, muito por culpa do sistema de compressão. Pior ainda será a activação dos sistemas de inteligênc­ia artificial, que tendem a exagerar na aplicação de efeitos, como a nitidez para criar detalhes irrealista­s, bem como a saturação das cores, que levarão à posterior perda de detalhe e qualidade da própria imagem. Este resultado pode ser perfeito para o Instagram, mas é mau para impressão em papel, ou para criar um wallpaper para o seu PC.

SOLUÇÃO?

Se for um utilizador exigente, os smartphone­s de topo já conseguem, actualment­e, captar imagens de elevada qualidade em grande parte das ocasiões, mas recomendam­os o controlo manual das definições e, se possível (e se tiver software para posterior edição), a gravação das imagens em RAW. Se quer um equipament­o mais versátil para ocasiões como viagens, uma câmara compacta acabará por ser a melhor opção: garante uma imagem ligeiramen­te superior à de um smartphone e oferece um maior nível de zoom óptico, sem perda significat­iva da qualidade de imagem. E, se procurar bem, encontrará boas alternativ­as como a Canon G7 X Mark II, que custa metade da Sony RX100 IV.

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