Skoda Karoq BMW X4 Jaguar E-Pace
O novo Skoda Karoq pode ter perdido parte da personalidade do seu antecessor, mas revelou ser um automóvel superior em tudo o resto, face ao Skoda Yeti que substitui.
Não foi fácil para a Skoda substituir o Yeti, visto ter sido um modelo estranhamente apreciado por muitos, devido às suas capacidades e personalidade única. Com o fim deste modelo, a Skoda precisava de preencher esse vazio, que não poderia ser ocupado pelo Kodiaq. Assim, a Skoda recorreu à mesma plataforma modular MQB, que os restantes modelos equiparáveis do Grupo Volkswagen, resultando num SUV de segmento C que tem brilhantes argumentos para rivalizar com os líderes de mercado, como o Nissan Qashqai, Peugeot 3008 e Seat Arona. Embora do mesmo grupo, o Skoda Karoq revelou ser mais compacto que o Tiguan, tornando a sua condução mais ágil, mas menos desportivo que o Seat Ateca, privilegiando assim o conforto de todos os ocupantes, sem p prejudicar j o bom comportamento p dinâmico registado. g
VERSATILIDADE
A versatilidade sempre foi sinónimo dos modelos Skoda, e o Karoq não foge à regra. Como tal, não nos surpreendeu encontrar soluções úteis como os bancos traseiros VarioFlex que permitem ajustar a volumetria da bagageira, sistema de calhas com cabides na bagageira, bem como uma lanterna LED removível nesse mesmo compartimento. Já nas portas vai encontrar espaço para arrumar até garrafas de 1,5 litros, um volumoso espaço de arrumação na consola central e uma peculiar mesa ajustável por detrás dos bancos dianteiros. Destaque ainda para o sistema de infoentretenimento com ecrã táctil que pode ser de 9,2 polegadas, bem como compatibilidade com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto, e o cada vez mais obrigatório sistema de carregamento de dispositivos móveis por indução.
APOSTA VARIADA
Todas as marcas do Grupo Volkswagen estão a sofrer com o “dieselgate”, razão pela qual a Skoda tem apostado em motorizações a gasolina, como o brilhante 1.0 TSI de 116 cavalos, e o evoluído 1.5 TSI de 150 cavalos, que utiliza a tecnologia ACT (Active Cylinder Technology), que permite desactivar dois dos quatro cilindros do motor quando não é necessária toda a sua potência. Embora menos revelante que no passado, os motores diesel continuam presentes, como o poderoso 2.0 TDI de 150 cavalos e o popular 1.6 TDI, agora com 116 cavalos. Este último foi o utilizado neste ensaio, associado à eficaz caixa DSG de sete velocidades, resultando numa combinação esta perfeita para uma utilização quotidiana despreocupada, tanto em conforto como em consumos.