NO DOBRAR É QUE ESTÁ O GANHO
Tecnologicamente, 2019 parece que vai ser o ano dos smartphones com ecrãs dobráveis. Todos os fabricantes de topo apresentaram terminais com ecrãs que podem assumir uma configuração (e dimensões) de smartphone ou de tablet. Os outros, mais pequenos, como não podem dar a impressão que estão a ficar para trás na corrida da inovação, correram a mostrar patentes e protótipos, que podem ver a luz do dia sob a forma de produtos comerciais ainda este ano ou no próximo.Mas será que o mercado está preparado para estes novos produtos? Será que os consumidores querem estes novos produtos?
Tal como aconteceu, ao longo da história, na altura do lançamento de uma nova tecnologia, estes primeiros dispositivos são mais uma prova de que são possíveis de contruir e operar, que produtos para as massas e, por isso, ainda estão fora do alcance da maioria devido ao custo. Mas acredito que, daqui a um ano ou ano e meio, já vão existir smartphones deste tipo a preços muito mais acessíveis. Talvez daqui a cinco ou seis anos, se a coisa pegar, vamos ter smartphones de entrada de gama com ecrãs flexíveis.
Mas, como a história também nos ensinou, é o mercado que decide se uma tecnologia é, ou não, aquilo que as pessoas querem usar. E, para já, apesar de a ideia ser bastante boa, porque permite ter os benefícios de um tablet (ecrã grande) e de um smartphone (comodidade de transporte) num único objecto, o problema para as marcas é mesmo “a coisa pegar” e as pessoas optarem por um dobrável. Como a história da tecnologia também nos tem ensinado, este mercado é um cemitério de boas ideias que simplesmente “não pegaram”.