O FUTURO DOBRA-SE?
O início de 2019 ficou marcado por uma avalanche de smartphones com ecrãs dobráveis de vários fabricantes, desde os mais desconhecidos, até aos maiores nomes do mercado. Vamos ver o que foi apresentado, o que já está à venda e aquilo que o futuro destes dispositivos nos reserva.
No início, os telemóveis tinham apenas pequenos ecrãs a preto e branco que, essencialmente, serviam para ler os números que se marcavam e as mensagens SMS que se recebiam e enviavam. Em 1996, a Nokia apresentou o 9000 Communicator, o primeiro smartphone a chegar ao mercado do consumo de massas. Não foi, porém, o primeiro de forma absoluta, porque em 1994 a IBM já tinha lançado o Simon (apenas foi comercializado nos Estados Unidos) e que foi um flop de vendas por estar um pouco à frente do seu tempo. Mais tarde, a canadiana BlackBerry lançou também uma família completa de smartphones que foram bastante populares, principalmente nos mercados da América do Norte, porque se focavam principalmente na gestão de correio electrónico e na segurança, através da encriptação das comunicações. Chegados a 2019, parece que a tecnologia de smartphones está a chegar a um ponto de estagnação em que os saltos evolutivos de ano para ano já não conseguem dar aos potenciais consumidores uma impressão de evolução efectiva. Este estado de coisas também tem impacto nos resultados dos fabricantes, que necessariamente vendem
menos porque os consumidores não conseguem ver razões objectivas para trocarem os seus equipamentos por modelos novos. Deste o lançamento, em 2011, do primeiro smartphone com ecrã “gigante”, o Samsung Galaxy Note, que os fabricantes perceberam que o mercado respondia bem a dispositivos com ecrãs cada vez maiores. Mas há sempre um limite e, também neste caso, já não há muito espaço para crescer mais, porque como a maior parte da área é ocupada pelo ecrã. Se as marcas quiserem áreas maiores, vão ter de o arrumar de uma forma que faça com que os smartphones caibam no bolso dos consumidores. Para contrariar esta situação os vários fabricantes necessitavam de algo que lhes desse um novo fôlego de inovação - esse fôlego veio sobre a forma de um ecrã flexível. No entanto, estes ecrãs não são uma novidade absoluta, aliás a Sony apresentou um protótipo em 2010. Foram precisos nove anos para se chegar ao ponto em que os vários fabricantes estavam suficientemente confiantes para mostrarem os primeiros produtos com ecrãs flexíveis. Vejamos o que o estado arte nos reserva para um futuro mais ou menso próximo.
A Royole, a Samsung e a Huawei foram as únicas marcas a mostrar produtos comerciais finais, que chegam ao mercado durante o ano de 2019.