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DOBRÁVEIS, O NOVO 3D?

- TECNOLOGIA EM MOVIMENTO G U S TAVO DI A S C h e f e d e Re d a c ç ã o

Estava no Bill Graham Civic Auditorium, em São Francisco, quando a Samsung revelou o novo Galaxy Fold, o seu primeiro smartphone dobrável; uns dias depois, em Barcelona, durante o Mobile World Congress, fiquei a conhecer o Huawei Mate X e o Royole FlexPai. Ignorando a euforia inicial, até porque é natural ficarmos impression­ados com o feito de engenharia que são estes dispositiv­os dobráveis, chega agora a razão para voltar a por os pés bem assentes na terra e ponderar o porquê destes dispositiv­os estarem a ser lançados. Enquanto obra de engenharia e poderio de cada fabricante, fazem todo o sentido, mas depois colocam-se diversas questões, que vão do factor fiabilidad­e/durabilida­de, até à ‘necessidad­e’. Para que é que precisamos de um dispositiv­o deste género? Honestamen­te, não lhe antevejo um futuro melhor que aquele que aconteceu com o 3D nos ecrãs, ou seja, todos os fabricante­s vão demonstrar as suas soluções, mas daí até se tornarem um produto que realmente as pessoas precisem… acho que não vai acontecer. Se tivesse de escolher um, a escolha seria o dispositiv­o da Samsung, apenas pelo facto de parecer ser o que oferece maior robustez e que, com a solução de usar um ecrã externo, protegendo assim o ecrã principal, garante maior durabilida­de que a solução de ecrã único dobrável pelo exterior, como acontece com os outros dois. Quanto à questão de utilidade, quem precisa de um smartphone que se pode transforma­r num tablet de formato quadrado, onde nem sequer os vídeos do YouTube ou Netflix poderão ser reproduzid­os num ecrã maior que o dos smartphone­s actuais? Para os jogos talvez existam vantagens, mas gastar-se mais de dois mil euros para jogar? Para isso usa-se a Nintendo Switch. Tenho sérias dúvidas quanto ao sucesso destes terminais mas…. Samsung, Huawei e Royole, já sabem para onde mandar as samples para testar!

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