PROCESSADORES
Os processadores são a peça central de qualquer computador, seja ele de mesa, portátil, tablet ou smartphone. É esta peça que está encarregada de executar as instruções que fazem parte dos programas: todos os cálculos principais e coordenar o funcionamento de todos os outros componentes do sistema.
O processador é também conhecido por CPU, uma sigla que quer dizer, em inglês, Central Processing Unit (Unidade Central de Processamento, em português). Na grande maioria dos processadores encontram-se vários componentes como a ALU (Arithmetic Logic Unit) que serve para executar operações de lógica e aritmética; os registos do processador, que servem para fornecer operandos à ALU e que guardam os resultados das operações feitas pela ALU; e uma unidade de controlo, que vai buscar instruções à memória RAM e as executa através da coordenação do funcionamento da ALU e dos outros componentes. Todos estes estão integrados numa peça a que se chama ‘circuito integrado’ que, além da CPU, pode incluir também uma quantidade de memória, interfaces de comunicação com periféricos, entre outros. Nos sistemas com vários núcleos, também conhecidos por ‘cores’, o circuito integrado inclui várias CPU que funcionam coordenadamente para distribuir a execução das instruções dos programas. Os processadores usam um modo de funcionamento chamado um ‘ciclo de instrução’ que é composto por três fases: Fetch (o processador vai buscar uma instrução à memória para ser executada), Decode (a instrução é descodificada em sinais que controlam partes do processador) e Execute (a instrução é executada e o resultado é colocado num dos registos do processador para que possam ser usados noutras operações).
VELOCIDADE
A velocidade a que estes ciclos são executados é controlada pelo relógio do processador. Hoje em dia, é vulgarmente medida em giga-hertz ou milhares de milhões de ciclos por segundo. No entanto, o desempenho de um processador não é apenas determinado pela quantidade de vezes que consegue executar um ciclo a cada segundo: outros factores que influenciam o desempenho incluem a quantidade de instruções que podem ser executadas em cada ciclo, a velocidade da memória, a estabilidade da corrente eléctrica e até a temperatura a que o processador está a funcionar. Por isso, é essencial ter-se um bom sistema de refrigeração e uma fonte alimentação alim capaz de fornecer uma corrente eléctrica estável.
MARCAS DE PROCESSADORES
Neste mercado, há apenas duas escolhas: AMD ou Intel. A Advanced Micro Devices (AMD) fabrica processadores para PC e também os que estão dentro das consolas PS4 e Xbox One. Estes processadores estão divididos em dois tipos: CPU (processadores “normais”) e as APU (Accelerated Processing Unit), processadores que incluem versões reduzidas dos processadores que estão instalados nas suas placas gráficas. Já a inventora do processador para PC original, a Intel, fabrica uma vasta gama de CPU para todos os tipos computadores que vai desde os modelos de entrada de gama (Core i3) aos processadores para aplicações avançadas, como estações de trabalho gráficas e servidores (Xeon).
DIFERENÇAS ENTRE AMD E INTEL
Essencialmente, tanto os AMD, como os Intel, conseguem fazer exactamente o mesmo e, apesar de serem diferentes em certas características e funcionalidades, não oferecem qualquer problema de compatibilidade entre si. No que respeita ao preço, os AMD são mais baratos que os Intel em todas as gamas, mas estes últimos têm, normalmente, tecnologia um pouco mais avançada e um melhor consumo energético.
QUAL ESCOLHER?
Resume-se tudo a duas coisas: o dinheiro que pode, ou quer, gastar e para que quer o computador. Se for, por exemplo, para 3D e/ou vídeo, opte pelo processador com o máximo de núcleos que conseguir. Caso seja para jogar não vale a pena mais que quatro ou seis cores, porque os jogos não estão optimizados para utilizar muitos núcleos. Se for apenas para ver filmes ou trabalhar, um processador de gama média chega e sobra. Seja qual for a opção vai ficar sempre bem servido.