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DJI OSMO POCKET

Quando achávamos que a “roda já estava inventada”, DJI apresenta a câmara mais compacta do mercado com estabiliza­ção mecânica.

- G U S TAVO DI A S

Quando a DJI lançou a primeira câmara Osmo, em 2015, o mercado foi apanhado de surpresa. Este era um produto extremamen­te eficaz em termos de qualidade de imagem, versatilid­ade e estabilida­de, graças ao mecanismo de estabiliza­ção de três eixos, muito semelhante ao sistema utilizado pelo estabiliza­dor usado pelos seus próprios drones. Contudo, o facto de este sistema impedir a actualizaç­ão da câmara fez com que a linha Osmo Mobile ganhasse mais adeptos, ao permitir utilizar um qualquer smartphone como câmara e, assim, tirar partido da constante evolução das câmaras destes dispositiv­os móveis. Porém, desta vez, a DJI optou por voltar a apostar num sistema com câmara embutida, embora numa escala nunca antes vista, mais compacta até que uma escova de dentes eléctrica.

DIMENSÕES COMPACTAS

A melhor forma de descrever o novo DJI Osmo Pocket é dizer que este é extremamen­te leve e tem dimensões surpreende­ntemente compactas, de tal forma que, mesmo quando arrumado na sua caixa de transporte, cabe facilmente no bolso das calças. O Osmo Pocket é um dispositiv­o muito pequeno, composto pelo corpo principal (com bateria) ecrã táctil a cores de uma polegada e dois botões. No topo está o minúsculo (mas eficaz) sistema de estabiliza­ção com uma câmara que recorre a um sensor de dimensão similar ao das máquinas fotográfic­as compactas e smartphone­s de topo: 1/2,3 de polegada. Este sensor é capaz de gravar imagens com 12 MP de resolução, HDR e em RAW (quando usado modo Pro) e vários formatos de vídeo: 4K até 60 fps, 1080p entre os 24 a 120 fps (este último para o modo de câmara lenta) e 4K entre os 24 a 60 fps, tanto em modo MP4 como MOV (H.264), com um bitrate máximo de 100 Mbps. Tudo isto pode ser controlado a partir do minúsculo ecrã táctil (o suficiente para garantir um bom enquadrame­nto), ou através do smartphone, existindo um encaixe, compatível com equipament­os Apple ou Android mais recentes (ligação Lightning e USB-C). Aqui pode instalar app DJI MIMO para que ecrã funcione como visor electrónic­o.

DESEMPENHO SURPREENDE­NTE

Com um ângulo de visão de 80 graus, bem mais estreito que o habitual nas câmaras de acção, como a GoPro, não é de estranhar que a imagem captada seja muito boa, sem qualquer tipo de distorção, e com uma estabilida­de/suavidade ímpar, permitida pelo sistema de estabiliza­ção mecânica externo. Poderá ainda dar uso aos diversos modos existentes, como Timelapse, Motionlaps­e, FPV, ActiveTrac­k e FaceTrack; estes dois últimos, como os nomes indicam, permitem seguir um objecto ou a face de uma pessoa - é perfeito para quem quiser fazer um vlog, com a câmara a actuar em modo selfie (virada para si). Se, em termos de imagem, é impossível apontarmos um dedo à DJI, no campo do áudio o resultado deixa algo a desejar, embora esta limitação possa ser ultrapassa­da com um microfone externo através de um adaptador para USB-C. Outra limitação, que não tem (para já) solução, é não podermos fazer streaming dos conteúdos em tempo real, ao contrário do que acontece com um Osmo Mobile, onde o smartphone pode transmitir vídeo de forma imediata para as redes sociais.

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