/ Fique a conhecer Ana Neves, CEO da Knowman.
Ao completar um ano, ou pouco mais, da aplicação plena do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) eu adorava saber quem se dá ao trabalho de definir as preferências em relação à gestão de cookies de cada site. Confesso que sou uma destas pessoas. Pelo menos, quando tenho tempo. E aí já está o primeiro, e talvez o maior, obstáculo. Em geral, esta é uma operação que requer tempo e, em alguns casos menos transparentes, uma certa sagacidade para perceber se estamos a ligar ou desligar aquilo que não queremos. Não pretendo questionar o regulamento ou esvaziar os seus princípios. Poder gerir os cookies parece-me positivo. Mas não acredito que a grande maioria das pessoas faça mais do que clicar em ok quando esta opção se lhes é apresentada, a autorizar o uso tal e qual vem pré-determinado pela empresa proprietária do site. Faço esta gestão na maioria das vezes por curiosidade, para ver como as empresas apresentam estas opções (e algumas o fazem de maneira miserável). Mas sobretudo faço-a porque irrita-me a ideia do ‘proporcionar uma melhor navegação’. Não quero que me mostrem coisas semelhantes às que eu já vi e li. Quero ver coisas novas e diferentes. Quero descobrir o que não conheço, circular por universos distintos e voltar ou não a eles quando quiser, se quiser. Ainda não percebi bem se o que faço surte efeito. Ou se é mais ou menos como foi com a enxurrada de pedidos de consentimento de envio de newsletters, aos quais não respondi (e, portanto, não consenti), mas que continuo a receber como se nada houvesse. Fico à espera de análises oficiais.