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TESTES

Costuma dizer-se que nunca devemos conhecer os nossos heróis, sob pena de percebermo­s que também eles são humanos como nós. O mesmo aplica-se à tecnologia e foi mesmo isso que aconteceu com o meu teste a este Surface Studio 2 da Microsoft.

- PEDRO TRÓIA

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Desde o stream do lançamento do primeiro desktop da Microsoft, em que foi mostrado ao mundo pela primeira vez o Surface Studio, que tinha ganas de lhe meter as mãos. Consegui usá-lo um pouco em duas feiras a que fui, no estrangeir­o, mas foi sempre de fugida e, por isso, não consegui ter uma ideia precisa da realidade do Surface Studio. Quando ele apareceu em Portugal, pedi logo à Microsoft uma unidade para testes, o que aconteceu agora, passados uns meses.

INSPIRAÇÃO APPLE

Empiricame­nte, este computador é um verdadeiro “canhão”. O arranque faz-se em poucos segundos, mesmo quando está completame­nte desligado. O teclado e o rato são muito confortáve­is de utilizar e o sistema que permite deitar o ecrã táctil para facilitar o desenho com a caneta incluída é o sonho de qualquer ilustrador. O Surface Dial é uma peça de hardware simplesmen­te fantástica para ajudar a navegar pelos menus e opções mais utilizadas nos programas de desenho ou de edição de vídeo mais complexos ou mesmo só para aumentar e diminuir o som do Spotify enquanto escrevemos um email. A qualidade de construção ultrapassa em muito a dos iMac e a Microsoft não poupou nenhum detalhe: um exemplo é a ficha que liga o cabo de energia à base até tem a mesma curvatura da parte de trás para parecer que o cabo flui de dentro da máquina. Aliás a equipa de design industrial da Microsoft foi beber muita da inspiração aos Mac, seja nos materiais (alumínio cinza), seja na forma de o trabalhar para construir o corpo do chassis (unibody).

DESILUSÃO NOS BENCHMARKS

Os problemas começam quando começamos a “descascá-lo” e a olhar para os componente­s: o processado­r é um Intel Core i7 de sétima geração pensado para computador­es portáteis os 32 GB de memória também não são dos mais rápidos do mercado. O sistema de armazename­nto é composto por um SSD com 1 TB, que é, quase de certeza, M.2 NVME pela velocidade de arranque que este Surface Studio demonstra. Já a gráfica tem um GPU Nvidia 1070 e 8 GB de memória RAM, o que acaba por ser bastante interessan­te. A qualidade do ecrã de 28 polegadas (4500 x 3000) sensível ao toque é excelente. Tal como acontece com os tablets Surface, a caneta tem uma latência muito baixa, o que permite uma experiênci­a de escrita e desenho muito semelhante à que se consegue com papel tradiciona­l. Os testes confirmam as minhas preocupaçõ­es: no PCMark 10, o Surface Studio teve resultados muito fracos no cômputo geral dos computador­es desktop que testámos na revista, este ano. Contudo, nos testes gráficos com o 3D Mark, este computador saiu-se muito bem, ao nível de algumas máquinas para jogar que passaram por cá.

O Surface Dial é uma peça de hardware simplesmen­te fantástica para ajudar a navegar pelos menus e opções mais utilizadas nos programas de desenho. Mas tem de ser comprado à parte.

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