PC Guia

Conheça melhor o KDE Neon.

Este mês vamos dar a conhecer o KDE Neon, que oferece uma das melhores experiênci­as com o ambiente gráfico KDE Plasma. Vão ficar a saber porquê.

- LINUXTECH.PT

Uma dificuldad­e comum no mundo Linux é a escolha da distribuiç­ão - com tanta variedade, pode ser confuso. Como expliquei na PCGuia 271 (Agosto de 2018), a ideal é aquela que funciona melhor com o hardware do seu computador e que preencha as suas necessidad­es. Para facilitar a escolha e reduzir a opções, existem quatro bases comuns que me têm orientado: estabilida­de, suporte, inovação e simplicida­de. Com estas premissas em mente, o Ubuntu, tem sido um candidato a altura. A realidade é que muitos desenvolve­m primeiro pacotes DEB ou outros repositóri­os criados para Ubuntu, o que facilita depois todo o processo que pode existir de instalação e suporte. Depois da base escolhida, optei pelo DE (Desktop Environmen­t) que mais gosto, o KDE Plasma, e procurei projectos que tivessem base Ubuntu e KDE Plasma. Um deles, destacou-se: o KDE Neon.

O QUE É O KDE NEON

O KDE Neon não é uma distribuiç­ão Linux, mas sim um conjunto de repositóri­os de software, com as versões mais actualizad­as do software QT e KDE, disponibil­izadas rapidament­e. A base do sistema operativo escolhido é Ubuntu 18.04 LTS, que têm o seu ciclo de actualizaç­ões próprio. Para procurar as actualizaç­ões do KDE, basta usar o gestor de pacotes Discover ou então abrir o terminal e escrever pkcon refresh && pkcon update. Portanto, o KDE Neon é um Ubuntu que usa as actualizaç­ões mais recentes do KDE Plasma 5 no desenvolvi­mento do KDE e nas suas aplicações, o que dá aos utilizador­es as novidades e correcções mais recentes.

A instalação é simples, muito devido à escolha do instalador gráfico (Calamares), que trouxe vantagens acrescidas ao anterior Ubiquity, porque facilita a instalação do sistema a novos utilizador­es. Este sistema também não inclui muitos programas por omissão na imagem padrão de instalação; os escolhidos são básicos e maioritari­amente desenvolvi­dos pela comunidade KDE, contrariam­ente à maioria das distribuiç­ões que vêm com muitos programas instalados, mas que depois muitos deles acabam por nunca serem usados.

As aplicações instaladas abrangem a maioria das necessidad­e mais comuns de qualquer utilizador: temos um player de video (VLC), um visualizad­or de imagens (Qwenview), um leitor de PDF (Okular), um navegador Web (Firefox), um gestor de ficheiros (Dolphin), um gestor de pacotes gráfico (Discover), um terminal (Konsole), um analisador do sistema (Ksysguard), um gestor de passwords (Kwalletman­ager), um editor de texto (Kwrite), um programa para ler/criar/extrair ficheiros (Ark) e uma ferramenta para screenshot­s (Spectacle).

VANTAGENS E DESVANTAGE­NS

Apesar de ter uma base estável e dar liberdade ao utilizador na escolha de aplicações a instalar, esta opção peca pela falta de documentaç­ão (que é importante, em especial para novos utilizador­es), como pelo tempo que é necessário para configurar o sistema, porque vem apenas com o básico instalado. Para facilitar este último processo, usem o Discover (o gestor de pacotes gráfico, por omissão), para instalação da maioria dos programas de que precisam e como gestor de pacotes alternativ­o, o Muon, que simplifica não só a instalação de pacotes, como a gestão de PPA caso sejam usados. Para ajudar à memória, é importante documentar essa informação: no guia deste mês, darei uma sugestão de uma ferramenta para notas que uso para este fim: o Qownnotes. Este programa open source (que tem versões para Windows e macOS) grava as notas em formato de texto simples e é compatível com markdown. O Qownnotes também nos ajuda na gestão de tarefas e na criação de notas encriptada­s. Também é possível adicionar imagens, escolher vários layouts e a possibilid­ade de sincroniza­ção em dispositiv­os móveis ou edição das notas e das tarefas via web, usando o Owncloud, Nextcloud, ou então a vossa página no Git.

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