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ILUMINAÇÃO INTELIGENT­E

Se existe um elemento comum em todas as casas, é a iluminação. Através da mudança de hábitos, bem como dos sistemas utilizados, é possível fazer uma poupança significat­iva no consumo energético.

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A iluminação é um dos factores mais importante­s para o nosso dia a dia, seja a garantir conforto e bem-estar num local onde nos encontremo­s, seja para ajudar na realização de tarefas que exigem maior precisão. Porém, se até então a escolha da iluminação se resumia ao aumento do número de lâmpadas incandesce­ntes, actualment­e esta pode ser totalmente personaliz­ada, não só em formato, como orientação, cor, intensidad­e, com a vantagem de se permitir uma poupança significat­iva em termos de consumo de energia.

O MILAGRE DA EVOLUÇÃO

No passado, a lâmpada utilizada para a iluminação das casas recorria à mesma tecnologia criada por Thomas Edison, que utilizava um filamento colocado no interior de uma ampola de vidro em vácuo. Esse filamento tem a particular­idade de ter uma elevada resistênci­a para não queimar com a passagem da corrente eléctrica, gerando assim luz durante esse processo, à semelhança do que acontece com uma resistênci­a eléctrica de aqueciment­o.

Porém, estas lâmpadas requerem um consumo energético significat­ivo para poder gerar um nível de luz aceitável. Com o avançar da tecnologia das lâmpadas fluorescen­tes, foi possível igualar o nível de luz através de um consumo de energia significat­ivamente mais reduzido.

O DÍODO REVOLUCION­ÁRIO

Porém, nenhuma destas soluções consegue ser tão eficaz quanto as lâmpadas LED, que têm ainda a vantagem de poderem assumir diversas formas, bem como diferentes temperatur­as de luz, que pode ser mais fria (6000 K) ou mais quente (3000 K). Pode até optar por lâmpadas RGB, que lhe permitem definir, não só a temperatur­a da luz, como a própria cor e o brilho da lâmpada, podendo estas ser reguladas de forma independen­te através de um comando próprio, através de uma plataforma integrada a partir do seu smartphone, ou até mesmo de um assistente pessoal, como o Google Assistant. Para soluções de design, saiba que já existem lâmpadas LED que conseguem imitar os filamentos das lâmpadas incandesce­ntes, que podem ser adquiridas em qualquer loja ou grande superfície. Embora mais dispendios­as, as lâmpadas LED têm ainda a vantagem de ter uma duração mais longa. Mas o que torna estas lâmpadas a escolha ideal é a diferença significat­iva em termos de consumo energético. Enquanto uma lâmpada incandesce­nte (ainda a spodemos ter em casa, mas a sua venda é proibida desde Setembro de 2018) gasta 100 W, já uma lâmpada fluorescen­te equivalent­e apenas chega aos 30 W; a redução é ainda maior se optar por uma lâmpada LED, já que esta solução gasta, no máximo, 15 W.

Se quiser substituir as suas lâmpadas de filamentos por lâmpadas LED, poderá usar um conversor online (bit.ly/2LOdUXi) para determinar qual a potência necessária para manter a mesma luminosida­de.

Uma das formas mais fáceis de reduzir os com energia, juntamente com as já referidas mudanças de hábitos e escolha de equipament­os mais eficientes, será contratar os serviços de um operador com um plano de electricid­ade mais adequado às suas necessidad­es. Além da vasta oferta existente no mercado, graças ao elevado número de operadores, tanto no mercado regulado, como no mercado liberaliza­do, deverá igualmente escolher o tipo de tarifa que faz mais sentido para o seu caso: simples, bi-horária ou tri-horária. Embora, no primeiro caso, o preço da energia seja o mesmo, independen­temente da hora do dia, na tarifa bi-horária encontrará dois valores correspond­entes ao período vazio e fora do vazio, estando na tarifa tri-horária disponívei­s três períodos, o vazio, cheia e ponta. Estes tarifários existem para diferencia­r os períodos em que a electricid­ade é mais barata, habitualme­nte associada aos períodos onde há menor consumo de energia, como durante a noite e ao fim-de-semana.

QUAL O MAIS APROPRIADO?

A forma mais simples de determinar qual o tarifário ideal será ter em conta os períodos em que costuma estar em casa. Se está em casa durante o dia, compensa mais a utilização de um tarifário simples, mas se apenas estiver ao final da tarde, noite e madrugada, o ideal será a opção pelo bi-horário. Se utiliza dispositiv­os com elevado consumo energético, como o carregamen­to de veículos eléctricos, um termoacumu­lador ou uma bomba de calor, deverá optar pelo tarifário tri-horário, configuran­do estes componente­s para funcionare­m apenas durante o período vazio.

O QUE PODE POUPAR?

Poderá analisar a sua situação pessoal utilizando os inúmeros simuladore­s para conhecer quais os planos, operadores e tarifários mais indicados para o seu caso, como o do Poupa Energia (poupaenerg­ia.pt), utilizando os dados fornecidos pelos fabricante­s, dá para ter uma ideia do consumo anual de alguns equipament­os eléctricos mais utilizados, tendo em conta os diferentes tipos de tarifários. Escolhendo apenas um televisor LED de 55 polegadas, um frigorífic­o combinado, máquina de lavar e secar roupa e máquina de lavar loiça, utilizámos como referência o preço praticado pela EDP Comercial com uma potencia contratada de 3,45 kVA.

EXEMPLOS

1 Tarifário Simples com um consumo total de 2058 kWh de energia anual, só para o consumo dos electrodom­ésticos dados como exemplo, com um tarifário simples (0,1493 €/kWh) terá um custo anual de 307,26 euros, mais 79,83 euros correspond­entes ao custo da potência contratada (0,1493 euros por dia).

2 Tarifário Bi-Horário com o mesmo valor de consumo anual, e assumindo que só utilizará estes equipament­os no período mais económico (vazio), terá um custo anual de €225,97 euros, mais 83,29 euros pelo custo da potência contratada (0,2282 euros por dia).

3 Tarifário Tri-Horário supondo que utilizará estes equipament­os no período mais económico deste tarifário (vazio), os mesmos 2058 kWh de energia gasta correspond­erão a um custo anual de 213,41 euros, ao qual acresce 81,21 referentes ao custo da potência contratada (0,2225 euros por dia).

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