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HUAWEI P30 LITE vs. SAMSUNG GALAXY A50

Com a chegada destes dois importante­s smartphone­s da Samsung e Huawei, fomoss descobrir qual deles será o melhor e, possivelme­nte, o campeão de vendas no segmento médio do mercado nacional.

- GUSTAVO DIAS

Embora sejam os modelos topo de gama a aqueles que mais nos fascinam, o seu preço proibitivo tem permitido tornar os modelos de segmento médio, com caracterís- ticas similares, nos verdadeiro­s campeões de vendas. Por alguma razão a Huawei, por exemplo, manteve durante três gerações o seu P8 Lite, que chegou a ser o seu modelo mais vendido durante largos meses, tal como aconteceu com o P Smart, que também teve várias versões.

Como tal, lançar no mercado um smartphone com design inspirado nos modelos de topo, parte das funcionali­dades e do desempenho dos mesmos, por um preço que ronde entre os 200 a 400 euros parece ser a solução certa para um sucesso de vendas. Mas o caminho não está propriamen­te livre, visto existirem inúmeras alternativ­as no mercado, provenient­es de novos fabricante­s como a Xiaomi, Honor e outros, mas são os modelos da Samsung e da Huawei os mais desejados pelos utilizador­es portuguese­s. Felizmente, este mês, ambas as marcas lançaram dois terminais que têm tudo para ser os smartphone­s do ano em Portugal, em termos de vendas. Conheça os novos Huawei P30 Lite e Samsung Galaxy A50, que aqui colocamos frente a frente, para o ajudar a determinar qual o melhor modelo para si.

HUAWEI P30 LITE

Inspirando-se no design do Huawei P30, este modelo tem um ecrã com praticamen­te a mesma dimensão que o P30: 6,1 polegadas e resolução FHD+ (2312 x 1080). Este ecrã, de tecnologia LCD IPS, conta com um sensor frontal aplicado no mesmo através de um entalhe em formato gota de água. Atrás, o design é igualmente similar, inclusive no acabamento em vidro e esquema de cores disponívei­s (preto, branco e azul) embora exista um preciso sensor de impressões digitais de formato tradiciona­l e um módulo de câmaras traseiras mais pronunciad­o que o módulo aplicado no P30 e P30 Pro, tornando o dispositiv­o instável e desnivelad­o quando colocado sobre uma superfície. De resto temos uma moldura em plástico cromado, com um altifalant­e, ficha jack e ligação USB-C compatível com carregamen­to rápido. O carregador de 18 W é fornecido, bem como os auscultado­res de formato tradiciona­l.

SAMSUNG GALAXY A50

Já no caso do Samsung, a inspiração vem de modelos de gama média como o A7 e A9, daí a utilização de um corpo que, embora em plástico, tem um acabamento parecido ao de modelos em vidro, com a possibilid­ade de utilização de cores menos tradiciona­is. Contudo, em Portugal, estão apenas disponívei­s as versões em preto, branco, rosa e azul. Neste painel encontramo­s o sistema de tripla câmara, sendo este módulo pouco pronunciad­o, ao contrário do modelo da Huawei, evitando o desnivelam­ento exagerado quando pousado sobre uma superfície plana. A moldura é igualmente em plástico, com um esquema colorido idêntico ao do painel traseiro, estando a superfície inferior reservada para o altifalant­e, ficha jack e ligação USB-C USB- C com carregamen­to rápido, embora apenas a 15 W (transforma­dor ( transforma­dor fornecido). O ecrã AMOLED de 6,4 polegadas, é FHD+ (2340 x 1080), com um entalhe em forma de gota de água para alojar o sensor frontal, daí a designação Infinity-U para este ecrã, o primeiro da Samsung deste género.

UTILIZAÇÃO QUOTIDIANA

Ao usar os smartphone­s no dia a dia, inclinamo-nos para modelo da Samsung, muito por culpa da excelente qualidade de imagem do seu ecrã AMOLED com certificaç­ão HDR10+, embora a qualidade de imagem do ecrã IPS do P30 Lite não seja de menospreza­r. O ecrã AMOLED do A50 tem ainda a particular­idade de utilizar um sensor de impressões digitais de funcioname­nto semelhante ao utilizado nos Galaxy S10, ou seja, não é tão rápido quanto um sensor dedicado, como o utilizado pelo modelo da Huawei. Em termos de desempenho, o processado­r Kirin 710 revelou ser ligeiramen­te mais rápido que o Exynos 9610 utilizado pelo terminal da Samsung em alguns testes, embora essa diferença nunca seja sentida na utilização dos terminais, nem mesmo quando corremos jogos exigentes como Asphalt 9. Em termos de autonomia,

O modo nocturno da câmara do P30 Lite, habitualme­nte a grande mais-valia dos equipament­os Huawei face à concorrênc­ia, não está ao nível do que a marca nos habituou com os novos P30 e P30 Pro: falta-lhe o detalhe necessário para tornar as imagens tão impression­antes como em outros modelos da marca.

a diferença significat­iva na capacidade das baterias permitiu que os 4000 mAh do Galaxy A50 tornem a utilização do mesmo mais confortáve­l que a permitida pelos 3340 mAh da bateria do Huawei P30 Lite, embora este último tenha a vantagem de permitir um carregamen­to mais rápido, desde que se use o transforma­dor fornecido. No que toca ao software, foi o modelo da Samsung que se destacou pela positiva, graças à implementa­ção da One UI, que é actualment­e a melhor interface personaliz­ada do mercado. É a mais atraente e simples de usar, especialme­nte se quiser usar o smartphone só com uma mão, pecando apenas pelo sistema de gestos, demasiado básico face à solução oferecida pela interface EMUI do P30 Lite.

CÂMARAS

Colocado de lado o design, desempenho e autonomia, resta perceber qual é o modelo que tem as melhores câmaras, uma vez que este é o mais impor tante argumento de vendas de um smartphone actual. No caso do Huawei P30 Lite, estamos perante um sistema de três sensores composto por um principal de 48 MP, acompanhad­o por um de 8 MP para a grande angular e um terceiro sensor de 2 MP para o efeito de profundida­de de campo, nas fotografia­s de retrato. No caso do Galaxy A50 temos um sensor principal de 25 MP, um secundário de 8 MP para a grande angular e um terceiro sensor de 5 MP para o efeito de profundida­de de campo. Embora, em termos de resolução, o sensor principal do P30 Lite pareça ser a solução mais cativante, a sua elevada resolução apenas é aproveitad­a quando aplicamos zoom na imagem, utilizando a resolução nativa do sistema, os 12 MP. Porém, é possível tirar fotografia­s com os 48 MP, à semelhança do que acontece com o A50, que usa uma resolução nativa de 12 MP, permitindo ampliar essa resolução para os 25 MP; no caso do P30 Lite, o assistente de inteligênc­ia artificial tenha que ser desligado quando pretende usar a resolução máxima.

Em termos de qualidade de imagem, ambos os sensores revelaram resultados parecidos, tanto com a resolução nativa, como na resolução máxima, embora tenham surgido ocasiões em que o assistente de inteligênc­ia artificial do P30 Lite tenha exagerado ligeiramen­te os níveis de saturação da imagem, ideal para partilhas nas redes sociais, mas pouco credível quando precisar de trabalhar as imagens no computador. Só no modo de noite é que o sensor principal da Huawei revelou ser superior ao do Galaxy A50 (embora longe dos resultados mágicos do P30 e P30 Pro), já que em tudo o resto o modelo da Samsung dominou, inclusive na qualidade de imagem do sensor de grande angular, no efeito bokeh nos retratos e na velocidade de focagem. Em termos de vídeo, ambos estão limitados a uma resolução 1080p a 30 fps, tendo novamente o sensor do A50 revelado uma imagem superior, bem como uma melhor estabiliza­ção da imagem. Foi ainda possível usar a câmara de grande angular para filmar, embora não seja possível alternar entre os sensores durante a gravação. Já no P30 Lite foi possível aplicar zoom de 2x durante a gravação, mas com significat­iva perda de qualidade de imagem.

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