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MORTAL 11 KOMBAT

As viagens no tempo chegaram ao maior torneio de luta de sempre!

- RICARDO DURAND

Está à beira dos trinta anos, um dos franchises com mais sucesso da história dos videojogos. Mortal Kombat é, juntamente com Street Fighter, um dos jogos de luta PvP mais famosos de sempre, mas com uma diferença: os responsáve­is pelo primeiro souberam criar uma fórmula que fez com que o jogo se fosse adaptando a várias épocas e contasse uma história com alguma coerência; já de Street Fighter, não podemos dizer o mesmo: a última versão, a V, acabou por não receber boas críticas.

MEMÓRIAS DE 1992

Foi há 27 anos que saiu o primeiro Mortal Kombat, um jogo de luta bastante simples, cheio de sangue, onde se estrearam movimentos que hoje fazem parte da cultura pop, como o uppercut que lançada o adversário no ar (e que nunca deixou de existir) ou as fatalities, uma forma violenta de terminar o combate: por exemplo, arrancar a espinha do inimigo ou queimá-lo, deixando apenas cinzas. O jogo foi passando por várias mudanças mas a história manteve-se sempre a mesma: vários lutadores da Terra e de um reino chamado NetherReal­m enfrentam-se todos os anos para impedir que este último invada o Planeta com os seus exércitos. Sub-Zero, Scorpion, Raiden, Johnny Cage, Sonya Blade, Kano ou Liu Kang foram os protagonis­tas do primeiro jogo e… trinta anos depois ainda dão umas valentes coças!

OS AVENGERS DO REINO DA TERRA

Mortal Kombat 11 introduz o tema das viagens no tempo (alguns até vão encontrar um paralelism­o com Endgame, o último filme dos Avengers), muito por culpa de uma nova personagem chamada Kronika, a Guardiã do Tempo, a Arquitecta do Destino e do Universo, mãe de Shinnok (que foi decapitado por Raiden em Mortal Kombat X) e de Cetrion (que também se estreia em MK 11), a Deusa Anciã (Elder God) da Vida e da Luz - os tais que Raiden consulta sempre que precisa de ajuda com alguma coisa. O objectivo de Kronika é fazer um reset à linha temporal e fazer começar tudo de novo numa coisa a que chama Nova Era. Para isso, Kronika usa a Hourglass (uma ampulheta gigante) para manipular o tempo, o que vai trazer de volta várias personagen­s à vida como Shao Khan. Juntamente com o antigo imperador vêm uns novos Jax, Liu Kang, Johnny Cage, Kano e Sony Blade que se encontram com as suas versões mais velhas para unir esforços e tomar partido do lado de Raiden ou de Kronika.

HISTÓRIA SEMPRE EM DUPLA

Esta decisão dos produtores traz de volta personagen­s com um aspecto que já não víamos há alguns anos, o que deixa no ar um perfume nostálgico que os fãs mais hard core de MK (como eu) vão adorar. Poder voltar a ver Cyrax, Sektor, Jade e jogar com Shao Khan traz boas memórias, mas também é verdade que isto está limitado ao modo de História do jogo. Aqui, estamos sempre do lado bom e vamos progredind­o em MK num modo de capítulos em que seguimos sempre uma dupla de personagen­s nas suas missões. Em cada combate contra as forças de Kronika temos sempre a opção de escolher um de dois lutadores. Mais tarde, para completarm­os o jogo a 100% podemos voltar a percorrer o modo história e jogar com a personagem que não escolhemos da primeira vez. Fora este modo, há já o clássico modo de torres, o online (onde podemos lutar contra outros jogadores humanos) e o de treino, onde podemos aprender a fazer Fatalities e a dominar todos os movimentos de um lutador - mas quem sempre jogou Mortal Kombat, vai perceber que os golpes clássicos e os especiais continuam a fazer-se da mesma forma, como o ‘come over here’ de Scorpion ou o disparo de gelo de Sub-Zero. E se a isto tudo juntarmos um nível de personaliz­ação de lutadores e de movimentos, ficamos com um RPG em forma de beat’em up.

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