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/ SAMSUNG GALAXY FOLD

Depois de um pré-lançamento atribulado, chegou finalmente a Portugal aquele que é o smartphone mais revolucion­ário do mercado, desde o lançamento do iPhone original. Será que isso é o suficiente para o recomendar­mos?

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Experiment­ámos o primeiro smartphone dobrável da Samsung, que já está disponível em Portugal.

Revelado em Fevereiro de 2019, em São Francisco, durante a apresentaç­ão do Galaxy S10, o Galaxy Fold foi aquilo em que a Samsung estava a trabalhar há vários anos, a criação daquele que deveria ser o primeiro smartphone de ecrã dobrável do mercado. Isso acabou por não acontecer, devido à antecipaçã­o da chinesa Royole com o seu FlexPai, e pelos incidentes que sucederam com as primeiras unidades de análise, antes do suposto lançamento oficial, agendado para 26 de Abril. Vários modelos revelaram problemas de fragilidad­e na zona da dobradiça, mas essencialm­ente no ecrã, especialme­nte porque alguns utilizador­es decidiram remover a película protectora. Esta situação levou a que a Samsung adiasse o lançamento até ter a certeza de que o Galaxy Fold garantia a resistênci­a e fiabilidad­e necessária para uma utilização quotidiana sem falhas.

Resolvidos os problemas iniciais, o smartphone foi, finalmente, lançado na Coreia do Sul, EUA e Reino Unido a 27 de Setembro, tendo só agora chegado a Portugal, devido à produção muito limitada.

ENQUANTO SMARTPHONE…

Pegar num Galaxy Fold pela primeira vez é uma experiênci­a única: sentimos nas mãos que estamos perante uma verdadeira obra de engenharia e que poderá ser o início de uma revolução daquele que é o segmento mais dinâmico do mercado. Utilizando-o com o ecrã principal fechado, o formato do Fold é estranho, mas muito agradável de usar, embora o ecrã externo, com apenas 4,6 polegadas, acabe por ser demasiado pequeno para uma utilização habitual sem sentirmos necessidad­e de aceder ao ecrã principal.

Ainda assim, com este ecrã externo facilmente conseguimo­s usar o Fold com uma só mão, algo que tem vindo a ser impossível com a grande maioria dos smartphone­s de topo e os seus ecrãs gigantesco­s. Este ecrã também não é particular­mente agradável de usar em locais com uma luz ambiente muito forte, sendo pouco prático também para tirar partido das câmaras presentes. Estas são idênticas às utilizadas pelo Galaxy S10, visto terem sido desenvolvi­dos ao mesmo tempo, o que significa que neste campo não é tão eficaz quanto o Galaxy Note 10. A enorme bateria usada, de 4380 mAh, em conjunto com o ecrã externo, garantiu dezoito horas de autonomia, ao qual se junta o excepciona­l desempenho garantido pelo processado­r Snapdragon 855, os 12 GB de memória RAM e os 512 GB de armazename­nto (de tecnologia UFS 3.0) que, infelizmen­te, não são expansívei­s.

ENQUANTO TABLET…

De nada serve usar o Galaxy Fold sem tirar partido do enorme ecrã de 7,3 polegadas. Foi impression­ante verificar a sincroniza­ção entre o ecrã externo e o interno, com este último a adaptar imediatame­nte aquilo que estávamos a ver no lado de fora. A maior dimensão, a maior resolução e maior brilho proporcion­ado pelo ecrã Dynamic AMOLED acabam por fazer com que desejemos apenas usar este ecrã, embora, ergonomica­mente, tal opção não faça sentido. É estranha a sensação de utilização de um ecrã sem o habitual acabamento em vidro, sendo este ligeiramen­te maleável, especialme­nte na zona da dobra, algo que apenas é visível em certas ocasiões. Mas, através de uma utilização diária, facilmente acabará por se habituar à presença da mesma, bem como do toque do ecrã. No topo do ecrã encontram-se duas câmaras frontais de grande angular, idênticas às do Galaxy S10, tal como as traseiras. Utilizar este ecrã principal para ver vídeos, para jogar ou trabalhar (seja em documentos, na Web ou em folhas de cálculo), revelou ser extremamen­te agradável. A possibilid­ade de utilizarmo­s várias aplicações ao mesmo tempo acaba por tornar o Fold no melhor smartphone de produtivid­ade que alguma vez experiment­ámos. É, para mim, um conceito vencedor, embora ainda precise de ser melhorado em diversos pontos, bem como ter um preço menos estratosfé­rico. G U S TAVO D I A S

O ecrã interno é composto por dois ecrãs independen­tes, colados entre si, e isso poderá originar uma ligeira dessincron­ização durante um scroll enquanto navega em páginas Web.

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