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/ Explicamos-lhe como funcionam as ligações Thunderbol­t.

Originalme­nte lançado com ligações de fibra óptica e a designação ‘Light Peak’, houve muita coisa que mudou para que o Thunderbol­t 3.0 se tornasse uma das mais importante­s ligações disponívei­s para qualquer computador.

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Revelado durante o IDF (Intel Developer Forum) de 2009 com o nome Light Peak, mais tarde renomeado para Thunderbol­t, esta ligação permitia a transferên­cia de diversos tipos de dados (vídeo, rede e armazename­nto) numa só ligação de banda larga entre dispositiv­os, que poderiam estar a vários metros de distância.

Para isso era utilizada uma ligação óptica, utilizando cabos de fibra óptica, que permitiam uma largura de banda inicial de 10 Gbps, mas que poderia, num futuro próximo, superar os 100 Gbps. Infelizmen­te, esta solução era bastante dispendios­a e implicava a utilização de controlado­res e conversore­s de sinal muito complexos (e de grandes dimensões), tendo a mesma sido substituíd­a por uma ligação mais tradiciona­l, recorrendo a cabos de cobre que, ainda assim, conseguiam garantir a mesma velocidade, embora a distâncias significat­ivamente mais curtas. A adopção de uma ligação via cabo de cobre permitia inclusivam­ente que a mesma pudesse servir de alimentaçã­o do dispositiv­o, com uma potência máxima de 10 W, dispensand­o a utilização de uma alimentaçã­o externa para certos dispositiv­os.

PARA APPLE E RESTANTES

Embora tenha sido desenvolvi­do inicialmen­te para o universo Apple, para substituir o Firewire, o Thunderbol­t rapidament­e migrou para o mercado dos computador­es domésticos, tendo a segunda geração sido lançada originalme­nte num PC, e só depois adoptada pelos MacBook Pro lançados em 2013. Face à geração original, o Thunderbol­t 2.0 permitia a utilização de duas ligações de 10 Gbps, actuando como se tratasse de uma só a 20 Gbps, razão pelo qual utilizava os mesmos cabos e as mesmas ligações, idênticas às de portas Mini DisplayPor­t. Por ser compatível com a norma DisplayPor­t 1.2, isto significav­a que uma ligação Thunderbol­t 2.0 permitia não só transferir um vídeo 4K, como reproduzi-lo ao mesmo tempo num monitor dedicado.

FORMATO UNIVERSAL

Só em 2015, com a chegada da terceira geração, é que assistimos a uma verdadeira adopção universal da ligação, não só por usar uma interface mais universal, compatível com o USB Type-C, bem como pelo facto de ser compatível com múltiplos monitores 4K (até dois monitores 4K a 60 Hz ou um a 4K a 120 Hz) e a utilização de cabos USB-C simples em distâncias curtas (até 50 cm).

Para distâncias superiores, ou para garantir que tira partido da largura de banda máxima disponível (40 Gbps), deverá usar cabos activos, que incluem controlado­res no seu interior para amplificaç­ão do sinal transferid­o. O segredo para se atingir estas velocidade­s está relacionad­o com a actuação dos controlado­res, que tiram total partido da enorme largura de banda disponibil­izada pela interface PCI-Express; esta, dependendo do controlado­r, pode usar duas ou quatro pistas PCIe.

Tirando partido da tecnologia USB Power Delivery, uma ligação Thunderbol­t 3.0 via USB-C permite, usando um transforma­dor externo, alimentar um computador portátil com uma potência máxima de 100 W.

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