À DISTÂNCIA

Será sempre ingrato escrever numa revista de periodicidade mensal sobre temas cuja evolução é diária. À data que escrevo foi decretado o Estado de Emergência.

E se é verdade que esta é uma emergência global, que tem de ser combatida com todos os meios disponíveis, outras há que, na espuma dos dias ditos normais, tomamos também como consequência normal de uma sociedade de consumo. Falo do desperdício alimentar para trazer a esta coluna a app Too Good To Go.

«Todos os anos, um terço da comida produzida a nível mundial acaba no lixo. Na Too Good To Go combatemos o desperdício alimentar disponibilizando uma app gratuita que qualquer estabelecimento pode utilizar para vender o excedente de comida que acaba por não ser vendido no dia a dia, evitando com que este acabe no lixo».

Sim, o parágrafo anterior é um copy/paste da descrição da página de download da app. Identifica o problema e elucida sobre a solução proposta. É bom que o modelo seja apelativo para os estabelecimentos, mas mais importante é que o seja para consumidor final.

O que a app propõe é que o utilizador encontre os estabelecimentos perto de si que utilizam a plataforma e possa adquirir refeições, com um preço entre os dois e cinco euros, que de outra forma acabariam no lixo, no dia seguinte.

O número de estabelecimentos que já aderiu ainda não será esmagador, mas a app já apresenta um conjunto grande de soluções nos grandes centros urbanos portugueses. Melhor que isso: os comentários dos utilizadores são, por norma, positivos e quase todos, eu inclusive, elogiam a sua facilidade de utilização.

Outro aspecto relevante é o apoio ao cliente. A equipa da Too Good To Go parece ser bastante rápida na resolução das questões que são levantadas pelos utilizadores.

Portanto já sabe: se no dia que lê esta coluna, a questão de acesso a refeições prontas a entregar ainda se colocar, tente a Too Goo To Go. Pode ser que ao resolver a sua dificuldade esteja a ajudar a solucionar outra emergência global.