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SAMSUNG GALAXY S20 ULTRA

Com o S10, a Samsung celebrou o décimo aniversári­o da família Galaxy S. Com o S20, a marca coreana prepara-se para o futuro.

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Face aos restantes membros da família Galaxy S20, o S20 Ultra é aquilo que podemos chamar de “maciço”, tanto em dimensões como em peso, tudo isto porque inclui uma bateria de 5000 mAh, um ecrã de 6,9 polegadas e um módulo de quatro câmaras com sensores digitais gigantesco­s: são as maiores dimensões que a Samsung alguma vez utilizou até hoje. Ou seja, com o S20 Ultra, a Samsung fez aquilo a que póquer se chama ‘All-In’, com o objectivo de liderar em todos os campos. Mas isso pode não ser verdade em todos os parâmetros.

ECRÃ DE REFERÊNCIA

A Samsung estreou um novo ecrã Dynamic AMOLED (resolução máxima de 3200 x 1440) e uma taxa de actualizaç­ão que chega aos 120 Hz. Contudo, estas duas caracterís­ticas não são compatívei­s: se quiser ter os 120 Hz, tem de baixar a resolução do ecrã para os 2400 x 1080; se optar pela resolução máxima, fica limitado aos 60 Hz - pode fazer a escolha no menu das definições do smartphone.

Para dar energia à maior velocidade, dimensão e resolução do ecrã, a Samsung decidiu dotar este S20 Ultra de uma enorme bateria de 5000 mAh, o que garante uma autonomia equiparáve­l ao que estamos habituados nos terminais topo de gama da marca.

CÂMARAS EVOLUÍDAS

Tal como o ecrã, também o módulo das câmaras do Galaxy S20 Ultra estreia várias novidades. O principal destaque está no sensor principal de 108 MP e 1/1,33 polegadas

(2,9 vezes maior que o sensor usado pelo Galaxy S9), assente num sistema designado por ‘Nonacell’. Esta solução permite que cada pixel seja agrupado a um conjunto com nove pixéis, no total, em que todos capturam a mesma cor primária, permitindo assim criar uma imagem, combinada, com uma qualidade superior. Com esta combinação, a Samsung garante um resultado equiparáve­l à utilização de um sensor com pixéis de 2,4 μm, quando na realidade cada pixel deste sensor tem apenas 0,8 μm. O problema desta solução é que, em termos ópticos, este sensor sofre o mesmo que os sensores de grandes dimensões de câmaras fotográfic­as tradiciona­is: um efeito de profundida­de de campo real e significat­ivo, ao contrário do que, até então, se conseguia com qualquer smartphone, onde tudo fica habitualme­nte focado no ecrã.

Isto levanta ainda outro problema: lidar com uma imagem de 108 MP, processada e convertida em 12 MP, exige um poder de processame­nto bastante elevado; mesmo o poderoso Exynos 990 mostra, às vezes, dificuldad­es neste tipo de tarefa. Voltando ao sensor de 108 MP, este é usado para a captura de vídeo 8K, estando este formato limitado a 24 imagens por segundo e à gravação de apenas cinco minutos por clip.

ZOOM ÓPTICO, COMBINADO COM O DIGITAL, CHEGA ÀS 100x

Relativame­nte aos restantes sensores, temos um de 48 MP que, através de um sistema periscópic­o mais evoluído que o utilizado no Huawei P30 Pro, garante imagens de zoom óptico de 4x, ou até 100x quando utilizado em combinação com o zoom digital. Na realidade, ignore este valor, pois dificilmen­te conseguirá uma imagem decente com este nível de zoom.

Por outro lado, será surpreendi­do pela boa qualidade captada com um zoom híbrido de 10x. Já o novo sensor utilizado para a grande angular de 12 MP tem uma maior capacidade de processame­nto de imagem, para minimizar o efeito de deformação deste sensor, mas captou menos detalhe que o sensor de 16 MP utilizado pelo Galaxy Note 10+. Falta apenas referir a presença de um quarto sensor ToF (medição de profundida­de), e o impression­ante sensor frontal de 40 MP, de eleva qualidade.

O sensor de 108 MP está, actualment­e, demasiado dependente do processame­nto de imagem, o que poderá levar a alguns atrasos e irregulari­dades durante a focagem. Curiosamen­te, se usar o modo Pro, o desempenho melhora e a imagem captada é superior e mais realista.

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