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Resident Evil 3 Remake

Resident Evil 3 está de volta 21 anos depois, com gráficos revistos e aumentados. Mas continua a ser um bom jogo?

- PEDRO TRÓIA

Quando tenho de avaliar um remake de um qualquer jogo, mais ou menos icónico, fico sempre de pé atrás, porque há tanto por onde a coisa pode correr mal, que tenho algum receio de que, devido às inevitávei­s alterações que têm de ser feitas, se perca a mística do original.

Temos de admitir que mexer em Resident Evil, e trazer esta série para a década em que vivemos, requer coragem e muito cuidado para não estragar. O original foi lançado em 1999 e pode dizer-se que, se não soubesse isso, este remake passaria perfeitame­nte por um jogo pensado e lançado há um par de meses. A qualidade gráfica é excelente, as texturas são excelentes, a iluminação é excelente e o ambiente está a anos-luz daquilo que o original para a primeira PlayStatio­n alguma vez conseguiri­a transmitir.

VÍRUS MORTAL

Resident Evil 3 segue as aventuras de Jill Valentine e dos seus aliados que querem sair de Racoon City, uma cidade tomada por um vírus que transforma tudo o que lá vive em zombies: pessoas e animais.

Para piorar as coisas, Jill tem de defrontar Nemesis, um “super zombie” que está programado apenas para a apanhar e que não olha a meios para o conseguir. Pelo caminho, Jill ainda tem de defrontar Nikolai, um membro da Umbrella Corporatio­n, a empresa que inventou o vírus, que quer manter secreta uma possível cura.

Em termos de jogabilida­de, Resident Evil 3 apanha muito a mecânica do original e inclui muitas coisas que nos levam para 1999, como o inventário limitadíss­imo, que nos obriga a fazer escolhas difíceis. Também mistura elementos de shooter, com puzzles simples e sobrevivên­cia. Não notei grandes problemas de maior com esta mecânica, tirando o facto de, por vezes, quando se tem de disparar à queima-roupa contra um inimigo, o tiro não regista. E isso, às vezes, é a diferença entre viver ou morrer.

Nemesis é um dos inimigos mais bem feitos e animados que tenho visto nos últimos tempos. Ao longo do jogo vai mudando, ganhando armas e truques que o tornam progressiv­amente mais complicado de parar. Já tinha saudades de vilões que o são só porque sim e não porque tiveram uma infância triste, ou qualquer outro aspecto do passado, que justifique o facto de serem maus.

PONTO FINAL

Mexer em Resident Evil e trazê-lo para os dias de hoje requer coragem e muito cuidado.

Tenho lido muito sobre este remake. Pessoas que não gostaram, por isto ou por aquilo. Na minha opinião, este jogo faz justiça ao original e fala uma linguagem mais de acordo com aquilo que se espera hoje em dia. Podia ser melhorado? Claro que sim. Não há jogos perfeitos, mas este está muitíssimo bem feito! Recomendo, se for apreciador do género.

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