IDOSOS: AJUDA À DISTÂNCIA DO TOQUE NUM BOTÃO
Os tempos mudam. Temos menos filhos, se é que os chegamos a tê-los, e vivemos mais. Isso significa que a certa altura somos nós que cuidamos (ou cuidaremos) dos nossos pais idosos. E aqui a tecnologia pode ser um apoio excepcional. Por isso, desta vez, em
Há pouco tempo, uma amiga pediu-me para ajudá-la a encontrar um gadget que a apoiasse nos cuidados com a sua mãe de noventa anos que vive só. O pedido surgiu após uma queda em que, por acaso, a mãe tinha o telemóvel consigo e pôde contactá-la. «E se não o tivesse, como faria? Como saberíamos de que precisava da nossa ajuda a meio do dia ou da noite?», perguntou-me a minha amiga. São preocupações legítimas, com as quais muitos de nós nos confrontamos ou nos viremos a confrontar.
COMUNICAÇÃO RÁPIDA
Na era COVID-19, vemos que os lares nem sempre são a solução ideal e que estar em casa pode ser uma alternativa viável para alguns idosos.
Mas é importante que possam, de alguma forma, comunicar uma emergência de maneira rápida, segura e eficaz, sem que precisem entender de gadgets ou que tenham de fazer mais que simplesmente accionar um botão. E foi a pensar desta forma que chegámos à conclusão de que o melhor para a minha amiga seria que a sua mãe tivesse uma pulseira, colar ou objecto semelhante com um único botão e que levasse sempre consigo dia e noite. Ao procurar um dispositivo com estas características, descobrimos que havia dois grupos de produtos. Por um lado, pulseiras, colares, porta-chaves ou botões disponíveis para compra pura e simplesmente. Estes poderiam ser geridos com a ajuda de aplicações a serem acompanhados directamente por familiares e/ou cuidadores habituais. Entre as alternativas deste grupo, muitas vezes chamados botões de pânico (ainda que eu acredite que seja uma denominação pouco feliz) podemos encontrar os botões SOS da Woxter, o kit SOS (telefone e pulseira) MM715 da Maxcom e os relógios e botões sénior da Neki, que podem ser comprados de maneira independente ou com serviços associados (semelhantes aos descritos abaixo).
MONITORIZAÇÃO
Ao mesmo tempo, existe a opção de ter o dispositivo associado a serviços de teleassistência preparados para proporcionar todo o tipo de apoio e monitorização. Em geral, este é um serviço que implica um dispositivo para o idoso, um terminal telefónico fixo (com alta voz) e uma subscrição mensal. E o que oferecem em troca varia de forma ligeira, mas essencialmente o que fazem é uma triagem inicial e uma pronta resposta a cada situação. O idoso cai ou por alguma outra razão acciona o botão e é imediatamente contactado por um assistente em alta voz. Consoante a situação, familiares, 112, bombeiros ou polícias são accionados. Algumas empresas utilizam ainda o recurso a sensores de movimento e de gás para um acompanhamento mais completo, contactando os familiares/cuidadores sempre que são detectadas anomalias. Além do apoio nos casos de emergência, alguns dos serviços proporcionam o acesso a linhas de apoio contra a solidão como o Voz Amiga, assim como fazem chamadas periódicas de acompanhamento do idoso. Estes são serviços prestados a nível particular por empresas como a HelpPhone, a Cruz Vermelha, a Prosegur ou a Dynasys, entre outros. Esta solução também tem sido disponibilizada por muitas câmaras municipais de forma gratuita ou com valores que variam consoante os rendimentos do idoso.
LINKS PARA OS PRODUTOS REFERIDOS NO ARTIGO
Woxter: bit.ly/2E9CgaS / bit.ly/3l6f662 Maxcom: bit.ly/31g1BJ3
Neki (no fim da página estão outros produtos com o mesmo fim): bit.ly/31itwIp HelpPhone: helpphone.pt/ Cruz Vermelha: bit.ly/3l3NI8s
Prosegur: bit.ly/2Q9yFvN Dynasys: bit.ly/3glu9oQ