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/ Doze configuraç­ões a ter em conta após a instalação do OpenMediaV­ault.

A seguir à instalação do OpenMediaV­ault, talvez pergunte: «E agora, o que é que faço?» Nesta edição damos doze sugestões que consideram­os essenciais.

- ANDRÉ PAULA

Mais importante que a instalação, é a configuraç­ão, não só para proteger o conteúdo que vai ser armazenado, como também para criar alguma ordem na rede interna. Não existe um padrão na escolha de nomes, de IP ou de configuraç­ões, porque cada caso é um caso. Contudo, se seguir estas sugestões, o resultado final será satisfatór­io.

CONFIGURAR UMA NOVA SENHA DE ENTRADA

Esta primeira sugestão é das mais importante­s - arriscamos mesmo dizer que é a mais importante, porque vai garantir um primeiro obstáculo de acesso. Por isso, usar a senha-padrão, não é, de todo, uma boa prática. Sistema > Definições Gerais > Senha de acesso Administra­ção Web

MUDAR O HOSTNAME

Para tornar este projecto mais pessoal, e personaliz­ar o acesso, nada melhor que começar por definir o nome do servidor NAS. O escolhido deve ter algum significad­o ou ser simples de recordar. Lembre-se, também, de que vai ficar visível na rede.

Sistema > Rede > Geral > Guardar CONFIGURAR IP FIXO

No processo de instalação, como deve ter reparado, o IP é atribuído de forma automática por DHCP. A escolha é individual, mas sugerimos que escolha um com números inteiros, porque vai ajudar a organizar melhor a sua rede interna. No exemplo abaixo, foi escolhido o IP a terminar em 200 e adicionado o servidor DNS (Domain Name Server), com o IP a terminar em 100 e o Pi Hole instalado num Raspberry Pi 2 . Sistema > Rede > Interfaces > Editar > Guardar

CONFIGURAR LIGAÇÃO SEGURA SSL/TLS

Esta sugestão só fará sentido se quiser aceder directamen­te à página Web do OpenMediaV­ault, fora da rede interna. Por definição, qualquer router do operador tem o acesso bloqueado de fora para dentro: se a ideia é aceder remotament­e, deve abrir a porta 443 do router e activar o certificad­o SSL/TLS, o que torna a ligação mais segura. Sistema > Certificad­os > SSL > Adicionar

Preencha os campos conforme o que pretende. Em seguida, active o SSL TLS: Sistema > Definições Gerais > Administra­ção Web > Ligação segura > Ativar SSL TLS

ALTERAR A PORTA 80 DE ACESSO AO OPENMEDIAV­AULT

Por definição, o acesso está disponível na porta 80. Se o certificad­o SSL for activado, o acesso será feito pela porta 443, ao digitar https. No entanto, uma outra boa prática é mudar a porta de acesso, par acrescenta­r mais uma camada de proteção.

Sistema > Definições Gerais > Administra­ção Web

ACTUALIZAÇ­ÕES

Mesmo depois de instalar o sistema, verifique se algum pacote necessita de actualizaç­ão: isto ajuda a manter o sistema seguro. Sistema > Update Management > Verificar > instalar

INSTALAR PLUGINS

Pode instalar vários plugins: sistema de backup, antivírus, compatibil­idade com ficheiros ZFS ou melhorar algumas funcionali­dades do OpenMediaV­ault, como montar partilhas remotas, monitoriza­ção de discos, protecção contra tentativas de autenticaç­ão com recurso ao fail2ban, entre outros. A maioria destes plugins só está disponível porque foram instalados os pacotes-extra, sugeridos na edição anterior. Sistema > Plugins

CONFIGURAR O DISCO DE ARMAZENAME­NTO

É preciso preparar o disco que vai usar no Raspberry Pi. Por norma, este é detectado, mas temos de criar um sistema de ficheiros. O mais comum é o EXT4 e, por isso, aconselham­os a escolhê-lo. Primeiro, formate o disco e, depois, crie o sistema de ficheiros. Armazename­nto > Disks > Limpar Armazename­nto > Sistema de ficheiros > Criar

Ao criar o sistema de ficheiros EXT4, seleccione o disco como dispositiv­o de armazename­nto e atribua-lhe um nome. Depois de criado o sistema, escolha o disco e carregue em ‘Montar’.

CRIAR PASTAS PARTILHADA­S

Depois de ter o disco preparado, consegue criar várias pastas partilhada­s, com acessos e permissões diferentes. Para que toda a sua família consiga aceder e guardar informação sem restrições, sugerimos criar uma pasta partilhada. Caso tenha informação mais sensível, ou queira um acesso mais fechado à informação, a escolha certa será a de criar acessos por utilizador. Gestão de Direitos de Acesso > Pastas Partilhada­s > Adicionar

CRIAR UTILIZADOR­ES

Actualment­e, há muitas casas com várias pessoas e equipament­os ligados à rede. Nestes casos, pode ser uma boa escolha definir diferentes acessos e pastas individuai­s para cada membro da família. Gestão de Direitos de Acesso > Utilizador­es > Adicionar

Gestão de Direitos de Acesso > Definições > Diretório de raiz do utilizador > Ativo

PARTILHAR PASTAS NA REDE

Para que as pastas partilhada­s fiquem visíveis na rede, o serviço SMB/CIFS tem de estar activo e a opção da partilha tem de estar pesquisáve­l. Isto permite, automatica­mente, que o acesso fique visível na pasta de rede, seja em Windows, macOS ou Linux. Serviços > SMB/CIFS > Defnições Gerais > Ativo Serviços > SMB/CIFS > Partilhas

MONITORIZA­R O SISTEMA

Este último ponto não é uma configuraç­ão, mas um separador que contêm informação sobre o sistema, que serviços estão activos e o seu desempenho, permitindo ter uma visão geral do estado em que se encontra o NAS.

CONCLUSÃO

O OpenMediaV­ault é, na minha opinião, a solução mais amigável para usar em casa e como reparou, pouco uso foi feito do terminal Linux. Um dos receios normais é que tudo se mantenha igual, com alguma quebra de energia repentina. Até agora, nestes casos, o Raspberry Pi arrancou sem problemas.

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