/ TECNOLOGIA EM MOVIMENTO
O Gustavo Dias explica por que considera que a Nvidia está a falhar em relação às novas GeForce RTX da série 30 e no relançamento das placas gráficas antigas.
Enquanto jogador, só tenho a agradecer por tudo o que a Nvidia fez ao longo dos anos: arriscou e lançou produtos/ tecnologias que foram realmente revolucionárias. Mas isso não significa que a marca tenha estado sempre certa - nos últimos tempos, temos visto que estão cada vez mais longe disso.
Ok, assumo que as novas GeForce RTX da série 30 (3060, 3070, 3080 e 3090) são placas gráficas fenomenais, que representam um salto significativo face à anterior geração. Mas também reconheço que a Nvidia anda a gozar com a nossa cara. Apresentar os produtos, bons produtos, com preços de venda recomendados extremamente apelativos, e depois não ter stock em lado algum? Nem eles, nem os parceiros (Asus, Gigabyte, MSI e outros)? E, depois, vemos a permissividade da Nvidia ao permitir que scalpers (pessoas que compram produtos para revender ao dobro do preço) de tecnologia comprem todo o stock; quando não são estes, são os que querem criar quintas de mineração de criptomoedas.
Chegámos ao ponto de fabricantes, como a Zotac, publicarem no Twitter sistemas com oito placas gráficas em série para minerar, ainda para mais a edição limitada GeForce RTX 3070 Twin Edge White, com as hashtags #pcgaming, #gaming e #gamers? Mas a falta de noção já não tem limites? Como se não bastasse, para tentar “compensar” os gamers, a Nvidia decidiu voltar a vender placas gráficas de anteriores gerações, como a GeForce RTX 2060 e a GeForce GTX 1050 Ti. A primeira é uma placa gráfica perfeitamente capaz, mas este “relançamento” só faria sentido se tivesse um preço decente, não os mais de 750 dólares que a marca está a pedir (cá não existe stock). E a GTX 1050 Ti? Fará algum sentido relançar uma placa gráfica de 2016 ao mesmo preço de há cinco anos? Nvidia, devias ter vergonha na cara!