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FACEBOOK INTENSIFIC­A LUTA CONTRA O BULLYING E O DISCURSO DE ÓDIO

A rede social divulgou o Relatório de Aplicação dos Padrões da Comunidade referente ao quarto trimestre de 2020, que mostra que a empresa está mais eficaz na remoção de conteúdos. Além disso, o Facebook anunciou novidades em relação às mensagens directas

- MAFALDA FREIRE

O Facebook removeu 26,9 milhões de conteúdos sobre discurso de ódio, mais 4,8 milhões que no trimestre anterior e que a empresa justifica com a «actualizaç­ões da tecnologia em árabe, espanhol e português». Além disso, foram também removidas 6,3 milhões de publicaçõe­s de bullying, quase o dobro do terceiro trimestre (3,5 milhões). Este facto está também relacionad­o com melhorias na detecção deste tipo de conteúdo. O aumento da capacidade de revisão levou à eliminação de 2,5 milhões de peças de conteúdo de suicídio e automutila­ção, bastante acima dos

1,3 milhões do terceiro trimestre.

Já no Instagram foram apagados 6,6 milhões de posts de conteúdo de discurso de ódio, pouco mais do que foi registado no trimestre anterior: 6,5 milhões. No que diz respeito aos conteúdos de bullying e assédio, a rede social retirou 5 milhões de publicaçõe­s, quase o dobro do terceiro trimestre

(2,6 milhões), «em parte devido a actualizaç­ões da tecnologia para detectar comentário­s», explica o Facebook. Por último foram removidas 3,4 milhões de peças de conteúdo de suicídio e automutila­ção, um aumento significat­ivo em relação aos

1,3 milhões no terceiro trimestre. Tal deveu-se a um esforço do Instagram que aumentou «a capacidade de revisão».

MESSENGER E INSTAGRAM MAIS SEGUROS

A próxima actualizaç­ão da aplicação de mensagens do Facebook vai facilitar a forma como os utilizador­es lidam com mensagens indesejada­ss: será mais fácil bloquear e apagar em simultâneo vários pedidos de mensagens de pessoas que não conhece. A empresa diz que está ainda a trabalhar em «novas formas de facilitar a denúncia de abusos e assédio». Em paralelo, o Instagram vai proibir permanente­mente as contas que infrinjam as regras nas mensagens directas (DM), nomeadamen­te de pessoas que usem a plataforma e as DM para assediar ou ameaçar outros utilizador­es. A alteração surge depois de vários jogadores de futebol do Reino Unido terem relatado ataques racistas na aplicação. Numa publicação no seu blog, o Instagram reconheceu os «abusos racistas» e acrescento­u que as mensagens directas «são mais difíceis de verificar» já que nessa área «não é usada a mesma tecnologia automatiza­da» que detecta bullying e assédio nos comentário­s. O Instagram diz que tomará «medidas mais duras» a partir de agora e que repetidas violações vão levar à «suspensão permanente da conta». A rede social refere ainda outras acções: «Desactivar­emos novas contas para contornar as nossas restrições e continuare­mos a desactivar contas são criadas apenas para enviar mensagens abusivas».

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