PC Guia

A Lovys é uma startup europeia, criada por um português, que quer revolucion­ar os seguros e chega em breve ao mercado nacional.

A insurtech francesa, criada pelo português João Cardoso, quer tornar os seguros menos aborrecido­s e vai entrar em dois novos mercados em breve. A Lovys deve chegar a Portugal no segundo semestre de 2021.

- MAFALDA FREIRE

MISSÃO:

NOME DA EMPRESA: LOVYS

QUANDO FOI CRIADA: 2 01 7

FUNDADORES: JOÃO CARDOSO DESCOMPLIC­AR OS SEGUROS E TORNÁ-LOS APAIXONANT­ES

SI T E : LOVYS.COM

A Lovys não é a primeira startup de João Cardoso - antes já tinha criado uma empresa no Brasil com um site comparador de preços de seguros. Em 2016, o empreended­or decidiu regressar à Europa e, no ano seguinte, criou uma seguradora com um conceito «semelhante ao do Spotify e da Netflix», explica o fundador e CEO da Lovys.

Com sede em Paris, esta insurtech tem uma oferta «adequada à experiênci­a do utilizador de hoje em dia», ou seja, «flexível, transparen­te, pago mensalment­e, muito dinâmica e personaliz­ável». O intuito é que os «utilizador­es vibrem e se apaixonem (in love) pelos seguros», daí o nome.

A oferta é 100% online, baseada num modelo de subscrição mensal em que o utilizador tem total controlo sobre o serviço»; neste momento, a Lovys tem seguros para casa, carro, animais e smartphone­s. Outra das diferenças desta ‘neo-seguradora’ é o facto de permitir o cancelamen­to «num clique» em vez de carta registada com uma determinad­a antecedênc­ia, o que acontece com os seguros tradiciona­is em França e noutros países europeus. O sucesso da Lovys foi quase imediato: foram «três mil vendas por mês» no primeiro ano de actividade, diz João Cardoso. Antes da pandemia, a base de clientes da startup era «jovem», com cerca de «60% até 35 anos», mas com o confinamen­to e a necessidad­e de serviços digitais trazidas pela COVID, houve uma «mudança» e começaram a ter clientes com idades superiores a 45 anos.

ADN PORTUGUÊS E EUROPEU

Além de criada por um português, a Lovys tem ainda escritório­s em Lisboa, Leiria e Porto; o da Cidade do Lis «é o maior» - é aí que é feito o «desenvolvi­mento de engenharia» da insurtech. Mas a Lovys não se considera francesa ou portuguesa, mas sim europeia. «Se a Europa quer ter sucesso no mundo tecnológic­o tem de pensar «além dos países e os empreended­ores devem ter essa ambição desde o primeiro dia», diz João Cardoso. O fundador acredita que esta mentalidad­e é um dos motivos diferencia­dores da empresa: «Considero que termos escritório­s em diversos países e uma equipa com múltiplas culturas nos confere uma riqueza que foi fundamenta­l para o sucesso».

INVESTIMEN­TO DE DEZASSETE MILHÕES

A Lovys conquistou recentemen­te um financiame­nto de série A no valor de dezassete milhões de euros, em que entraram os anteriores investidor­es - Portugal Ventures, Maif Avenir e Bpifrance, e três novos fundos - Heartcore, NewAlpha e Raise Ventures. O valor vai permitir «ter recursos para continuar a crescer a uma taxa acelerada e ultrapassa­r a barreira os cem mil clientes até ao fim do ano de 2021, desenvolve­r o produto para que exista uma melhoria continua e permitir a internacio­nalização», esclarece João Cardoso. Em relação à expansão, «objectivo é entrar em dois mercados adicionais europeus ainda este ano, sendo um deles, Portugal», revela o CEO à PCGuia.

A ideia é chegar ao País no «segundo semestre do ano» com o mesmo roadmap usado em França, ou seja, começando pelos seguros de casa.

A equipa da Lovys tem mais de sessenta colaborado­res, dos quais 50% estão em Portugal. A startup quer ter entre oitenta a cem profission­ais, até ao fim de 2021.

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