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/ TECNOLOGIA EM MOVIMENTO

- GUSTAVO DIAS Chefe de Redacção

O Gustavo Dias fala da saída da LG do mercado de smartphone­s e da vontade de arriscar que a marca sempre demonstrou.

O título talvez seja exagerado, mas não está inteiramen­te longe da verdade. A LG, nos últimos anos, tem tido sérios problemas em manter-se relevante, num mercado que tem vindo a ser invadido por marcas como Huawei, Xiaomi e outras - durante anos, a LG foi uma das empresas mais inovadoras. Dou alguns exemplos, que chegaram, inclusive, a passar pelas minhas mãos. Começo pelo LG Optimus 3D de 2011, o primeiro smartphone a captar imagens a três dimensões. Em 2013 tivemos o

LG G Flex, com o seu enorme ecrã de seis polegadas OLED curvo, que foi substituíd­o em 2015 pelo seu sucessor, o LG G Flex2, que estreava uma traseira com tecnologia auto regenerati­va. Nesse mesmo ano foi lançado o LG G4, que tinha uma capa opcional com acabamento em couro; e o LG V10, um smartphone robusto, que tinha a particular­idade de usar um duplo ecrã frontal, sendo o segundo ecrã de 2,1 polegadas colocado no topo, e por usar um software de câmara profission­al. Em 2016 saía, talvez, aquele que eu considero o último grande modelo inovador da LG, o G5, que adoptava uma filosofia modular, pois permitia a rápida substituiç­ão da bateria, bem como podia receber módulos que lhe garantiam funções adicionais, como o amplificad­or de som Hi-Fi B&O Play. Mas este equipament­o destacava-se também por ter sido o primeiro a utilizar uma câmara ultra grande angular. A partir daí, a LG perdeu a visão de outrora, e não foram soluções como o LG Wing 5G que lhe conseguiri­am devolver o estatuto de outrora. É pena, pois sinto falta da personalid­ade única e da vontade de arriscar da LG dessa época. Ainda assim, só tenho a agradecer por tudo o que deram ao mercado, e a nós, utilizador­es. Obrigado, LG.

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