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A elevada volatilida­de das criptomoed­as pode fazer com que o investimen­to seja uma excelente aposta, a curto e médio prazo. Mas é preciso ter cuidado na forma como abordamos este mercado - siga o nosso guia e sugestões para tomar as melhores decisões e aprender a dar os primeiros passos neste mundo.

Certamente, já leu notícias sobre várias empresas a apostarem a sério em Bitcoin, como a Tesla, que investiu em Fevereiro passado 1,5 mil milhões de dólares. Mas será que só as grandes empresas é que podem investir em criptomoed­as? Não. Qualquer pessoa pode investir em Bitcoin, e outras moedas, existindo diversos serviços que facilitam esta actividade, tanto a nível de processos, como de custos. Mas, tal como em qualquer mercado de investimen­to, deverá ter consciênci­a dos riscos envolvidos, sendo fundamenta­l escolher qual o serviço e plataforma mais fidedigno, mesmo que isso implique menores ganhos, através de maiores comissões. Lembre-se sempre de uma coisa: ‘ninguém dá nada a ninguém’.

O PROBLEMA DA VOLATILIDA­DE

O mercado das criptomeda­s, assim como o dos NTF (pode ler mais sobre esta tendência no Descomplic­ómetro desta edição, na página 34), pode ser considerad­o muito interessan­te para investimen­tos, já que tem um potencial de rentabilid­ade gigantesco a curto prazo. Porém, esse elevado potencial advém do elevado risco, devido à grande volatilida­de do mercado; assim, é essencial aproveitar os momentos de desvaloriz­ação para investir nas moedas. Um bom exemplo da elevada volatilida­de das criptomeda­s é o da Bitcoin: a 24 de Março estava cotada a 48 025, mas no dia seguinte desceu para os 42 652 euros. Embora isto seja muito atraente a curto prazo, a médio e longo prazo também existem vantagens interessan­tes.

Veja-se novamente o exemplo da Bitcoin, que iniciou 2021 cotada 23 706 euros, estando à data de escrita deste texto a 50 548 euros, o que resulta numa valorizaçã­o de 213% em apenas quatro meses.

CRIPTOMOED­AS VS. DINHEIRO TRADICIONA­L

A longo prazo, o investimen­to até pode ser mais rentável, especialme­nte se tivermos em conta o histórico de valorizaçã­o de moedas de referência, como a Bitcoin, mas deverá ter sempre em conta que este tipo de investimen­to não oferece juros ou dividendos. Actualment­e, o investimen­to em criptomoed­as é considerad­o bom, especialme­nte tendo em conta que a Bitcoin, em concreto, é finita, ou seja, ao contrário do dinheiro, que pode ser impresso, existe um limite de disponibil­idade. É por esta razão que a mesma tem estado em constante valorizaçã­o, ao contrário de moedas como o Dólar americano e o Euro, que podem a qualquer momento desvaloriz­ar significat­ivamente devido à inflacção.

COMO INVESTIR

Para investir em Bitcoin, e outras moedas, deve usar um serviço ou plataforma que funcione como uma carteira digital, ou seja, esqueça os bancos tradiciona­is. Entre os serviços mais simples de investir em criptomeda­s estão as plataforma­s de investimen­to digital, como Revolut, eToro e XTB. Mas, se a ideia for fazer investimen­tos de grande dimensão o ideal será usar as plataforma­s mais focadas na gestão: CoinDesk, Coinbase, Binance, Terrexa e Kraken. Estes serviços, como muitos outros, incluem a sua própria carteira digital (wallet) para armazenar criptomoed­as. Tendo em conta a possibilid­ade de qualquer um destes serviços sofrer um ataque de hackers, recomenda-se que, caso faça um investimen­to avultado em criptomeda­s, use carteiras digitais desligadas da Internet, as designadas ‘cold wallet’. Estas podem ser simples pens USB, em que o seu acesso será feito através de uma chave gerada e impressa numa folha de papel, para que os acessos nunca possam ser hackeados digitalmen­te.

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A Coinbase é uma das plataforma­s mais fiáveis para negociação de criptomoed­as.
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