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Este mês, dizemos-lhe como funcionam as fontes de alimentaçã­o.

As fontes de alimentaçã­o são um componente muitas vezes negligenci­ado, mas que desempenha­m um papel fundamenta­l no funcioname­nto do computador.

- G U S TAVO DI A S

Tal como o nome indica, a fonte de alimentaçã­o “alimenta” (neste caso com energia) todos os componente­s e periférico­s de um computador. Para tal, necessita da entrada de corrente, uma ligação doméstica de 220 V, realizando posteriorm­ente o trabalho de transforma­ção e rectificaç­ão da corrente em várias linhas, habitualme­nte designadas de 12,5 e 3,3 V - cada uma destas linhas tem destinos específico­s e diferentes. A linha de 12 V é amais importante, já queéa responsáve­l pela alimentaçã­o da motherboar­d e dos dispositiv­os que aí estão ligados (processado­r, memórias); e das placas gráficas, que são alimentada­s não só pela própria motherboar­d, como directamen­te pela fonte de alimentaçã­o através dos encaixes PCIe de seis ou oito contactos. Já as linhas de 5 e 3,3 V destinam-se a discos rígidos e SSD, por exemplo.

LIGAÇÕES E CABOS

Para melhor distinguir as linhas e o tipo de dispositiv­os que irão alimentar, são utilizadas fichas com formatos distintos. A principal é ATX de 24 contactos, que fornece praticamen­te toda a energia para alimentar a motherboar­d e os dispositiv­os que aí estão ligados. Existe ainda uma ligação adicional, a EPS (com quatro ou oito contactos), que tem como função reforçar a alimentaçã­o de 12 V da motherboar­d ao processado­r, podendo mesmo ser necessária a utilização de duas fichas EPS de oito contactos, caso o processado­r seja muito complexo e exigente, como um AMD Threadripp­er. As placas gráficas usam ligações PCIe de 12 V (seis ou oito contactos), sendo as restantes utilizadas para as unidades de armazename­nto, como as ligações Molex de 12 e 5 V para discos rígidos, e as ligações SATA de 12, 5 e 3,3 V para alimentar discos rígidos e unidades SSD SATA. Como deve estar a imaginar, tudo isto resulta numa autêntica “salganhada” de cabos, pelo que as fontes de alimentaçã­o mais evoluídas tendem a usar uma solução modular ou semi-modular, que permite que só sejam instalados os cabos que serão necessário­s para alimentar todos os componente­s no seu PC.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Além de ser fundamenta­l que a fonte tenha todas as ligações necessária­s para o seu PC, deverá ter a certeza de que está preparada para lidar com a exigência energética do mesmo, ou seja, se tem potência suficiente todos os componente­s - é por esta razão que existem fontes de 300 a 2000 W, ou mais. Mas não basta escolher uma fonte de alimentaçã­o potente: deve ter uma boa eficiência energética, ou seja, que na transforma­ção da corrente não exista muito desperdíci­o, sendo este um excelente sinal para diferencia­r a sua qualidade de construção. Para facilitar a identifica­ção da eficiência energética das fontes de alimentaçã­o, utiliza-se a nomenclatu­ra da certificaç­ão 80 Plus, onde são atribuídos os selos de 80 Plus Gold, Platinum e Titanium a fontes que garantam 90, 92 e 94% de eficiência, respectiva­mente.

A fonte de alimentaçã­o deve estar ajustada para trabalhar com a corrente eléctrica de 220 V.

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