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DEFEITOS ESPECIAIS

O Ricardo Durand fala da estratégia da Apple de se tornar auto-suficiente e da possível unificação dos diversos sistemas operativos da marca num só.

- RICARDO DURAND / Editor

Os mais recentes iPad e iMac já trazem o novo processado­r M1 que a Apple estreou nos MacBook, em 2020. Os iPhone têm os ‘A’ desde o iPhone 4 (pelo menos, foi a partir deste modelo que a marca começou a revelar que tipo de CPU traziam os smartphone­s), que também estão nas Apple TV, e até os relógios têm os seus ‘S’. Recentemen­te, apareceu um rumor de que a empresa iria também passar a fazer os seus próprios chips 5G em 2023, o que fará com que deixe de ficar dependente da produção da Qualcomm. Há aqui demasiados indicadore­s de que a Apple quer, de uma vez por todas, tornar-se auto-suficiente e ter debaixo do seu “tecto” tudo o que entra num iPhone, iPad, Apple Watch, Apple TV, iMac e por aí fora. Até no campo dos ecrãs, é conhecido um investimen­to significat­ivo na Corning, a empresa que faz o Gorilla Glass; talvez o que falte à Apple será ter uma posição mais prepondera­nte no universo dos sensores para vídeo e fotografia, uma vez que a única compra de montra neste mercado tenha sido a da israeltita LinX em 2015. Outro sinal de que a Apple começa a afunilar a sua estratégia, desta vez no software, tem como base o chip M1 e tem que ver com uma previsão que defendo há já alguns anos: iOS e macOS vão acabar por se fundir e tornar-se um sistema operativo único para computador­es, tablets e telefones. É verdade que a Apple, até criou mais um spin-off do sistema operativo mobile, o iPadOS. Isto pode querer dizer exactament­e o contrário da teoria da convergênc­ia, mas quem já vê um iPad Pro a comportar-se como um MacBook tem motivos para acreditar que, até 2030, vai haver pelo menos um iMac com ecrã táctil ou um tablet que acabe de vez com a relevância dos portáteis. Até tenho nome para o sistema operativo global: AppleOS.

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