PLANEAMENTO
Antes de iniciar qualquer tipo de tarefa, incluindo adquirir os componentes, deverá ter em conta várias condicionantes: a finalidade, o orçamento disponível, o sistema operativo ideal, e local. Tudo isto são questões válidas para determinar os componentes que deve adquirir para montar o PC ideal. Recomendamos dar uma vista de olhos nas configurações que sugerimos na edição anterior ( PCG 308) para quem procura um sistema simples para trabalhar, um sistema equilibrado para trabalhar e jogar, e um sistema de topo para utilizadores profissionais e criadores de conteúdos.
8 INVESTIGAÇÃO
Já com uma ideia dos componentes que quer ter no seu PC, recomendamos que investigue um pouco para perceber se as suas escolhas de hardware são as ideais e compatíveis entre si. Para tal, deverá aceder à página Web dos fabricantes, verificar no manual de instruções e na página de apoio dos mesmos, para confirmar quais os processos recomendáveis de instalação e verificar a lista de componentes compatíveis certificados, algo essencial na escolha das memórias.
À semelhança de um automóvel, independentemente dos os componentes no interior, o visual pode de ter um peso determinante para o que ue queremos de um PC. Escolha uma caixa aixa indicada para o local onde o PC vai estar: debaixo de uma secretária ou em cima da mesa, por exemplo - este último mo é o nosso local preferido, pois é onde podemos revelar a nossa criatividade dade e capacidades de montagem tagem de um PC. Assim que escolher olher a caixa perfeita, deverá remover ver tudo aquilo que é dispensável, el, como gavetas de discos rígidos dos que não vão ser usadas ou suportes ortes para unidades SSD de 2.5”. Isto faz com que o interior da caixa tenha um visual mais limpo e arrumado, umado, ao mesmo tempo que garante ante uma área mais desobstruída, a, em termos de fluxo de ar.
Quer seja um sistema mais básico ou mais avançado (para jogos, por exemplo), todos os computadores são impressionantes fontes de calor. Assim, é fundamental garantir o seu correcto arrefecimento, razão pela qual a escolha das ventoinhas é tão importante. Existem dois grandes tipos de ventoinhas: as de Airflow (fluxo de ar, com muitas lâminas) e as de pressão estática (com menos lâminas e mais espessas). Escolhidas as ventoinhas, passamos ao tipo de rolamento - há dois: esferas metálicas e magnéticas. Estes últimos são os melhores em termos de ruído e durabilidade, mas em contrapartida mais caros que os das ventoinhas tradicionais de rolamentos de esferas. Não se preocupe: até estas últimas tendem a ter uma durabilidade avançada, em torno de sessenta mil horas de uso (a 50 ºC).
11 COM OU SEM RGB?
Por vezes, brincamos com a temática das luzes RGB na nossa redacção, mas a realidade é que a tendência está a tornar-se cada vez mais dominante e presente em mais componentes, como motherboards, placas gráficas e fontes de alimentação. A forma mais fácil de entrar neste mundo é pela compra de ventoinhas RGB, que pode ser reforçada pela aplicação de fitas de luzes LED RGB, desde que a sua caixa tenha painéis laterais transparentes (em vidro, acrílico ou rede). O ideal será apostar numa só marca e em modelos que sejam compatíveis com os sistemas de iluminação já presentes, como o da motherboard, para evitar a necessidade de ter de usar controladores de iluminação RGB adicionais, que obrigam à instalação de software específico, correndo o risco de o mesmo não ser compatível com o sistema de iluminação já presente, impedindo assim a sincronização de todos os efeitos de luz. Ainda assim, deverá ter em conta que só se justifica este investimento adicional se o PC estiver visível e se o dinheiro gasto aqui não estiver a ter impacto na compra de outros componentes, como uma placa gráfica melhor ou um monitor maior.
12 FLUXO DE AR
Habitualmente, as caixas vêm equipadas com uma (ou mais) ventoinhas oinhas pré-instaladas, mas estas costumam m ser muito básicas e, por vezes, de qualidade dade duvidosa. Como tal, é recomendável el a instalação de ventoinhas mais avançadas, como da Corsair, Cooler r Master, Be Quiet!, Noctua e outras. Uma vez que todas as caixas de computador ador são desenhadas tendo em conta o fluxo de ar do seu interior, existem diversos locais para entrada de ar à frente e em baixo, ixo, bem como saídas de ar no painel traseiro aseiro e superior. As ventoinhas ideais são, o, na maioria das situações, do tipo Airflow, ow, pois permitem a criação de um maior or fluxo de ar (de entrada e saída), evitando ando a acumulação de calor no interior da caixa. Porém, se a caixa tiver uma entrada a de ar indirecta (como a presença de curvas ou grelhas de lado ou só debaixo do painel frontal), ou se optar pela instalação de um radiador para o sistema de arrefecimento líquido, deverá optar por ventoinhas de pressão estática, pois estas geram um fluxo de ar mais forte, capaz de ultrapassar esses obstáculos. Recomendamos a instalação de todas as ventoinhas antes de instalar os restantes componentes, já que a sua substituição acabará por p se tornar bastante mais difícil.
GESTÃO DE FLUXO 13
Ainda relativamente à escolha das ventoinhas, quanto maiores forem, mais silenciosas serão, garantindo ao mesmo tempo um maior fluxo de ar. O ideal será optar por ventoinhas de 120 ou 140 mm, sempre que a furação da caixa o permita. Verifique sempre as suas características técnicas para perceber qual é o limite de ruído que quer que tenham, tendo em conta o fluxo de ar gerado. Estes dois pontos estão sempre directamente relacionados entre si: quanto maior for o fluxo, maior a rotação da ventoinha e, por sua vez, maior o ruído gerado. Em último caso, ou em algumas caixas em particular, poderá optar pela utilização de um controlador de fluxo, que permite, por software, gerir a velocidade de rotação das ventoinhas, garantindo assim que estas fiquem silenciosas na maior parte do tempo, activando a rotação máxima das mesmas sempre que precisar de jogar com os gráficos no máximo.
14 POSICIONAMENTO CORRECTO
O posicionamento das ventoinhas é fundamental para garantir que o fluxo de ar gerado é o correcto. Para evitar este tipo de situações, os fabricantes de ventoinhas passaram a colocar pequenas setas que indicam a orientação da rotação das lâminas, bem como a direcção do fluxo de ar. Outra dica que o ajudará a determinar qual o fluxo de ar de uma ventoinha é pela face da mesma. Habitualmente, estão aqui colocados os autocolantes com o modelo e algumas das características técnicas. É igualmente a zona zo onde tendem a ficar os cabos de alimentação alim da própria ventoinha.
15 PRESSÃO DO AR
Quando começar a montar as vent ventoinhas, tenha em conta que o tipo de pres pressão gerada pelo sistema deverá ser uma de três tipos: equilibrada, positiva e ne negativa. A primeira é a solução ideal, send sendo atribuída quando existe o mesmo tipo de fluxo de ar a entrar na caixa, como a sa sair. É atribuída a designação de ‘pressão pos positiva’ quando a caixa permite a entrada de m mais ar que aquele que sai, sendo esta uma solução interessante para quem que queira um bom arrefecimento, com a va vantagem de evitar a acumulação de pó. Já a terceira opção, de ‘pressão negativa’, sign significa que o sistema está configurado para expelir mais ar que aquele que entra, o que acabará por originar maior acumulação de pó no interior. Deverá evitar esta opção, já que é a menos eficaz das três.
16 GESTÃO DE CABOS
Como dissemos no ponto cinco, as abraçadeiras são verdadeiras aliadas de todos aqueles que montam ou fazem manutenção do computador. Para facilitar este processo, recomendamos a instalação da fonte de alimentação logo a seguir às ventoinhas, para orientar todos os cabos necessários para alimentar a motherboard, periféricos e placa gráfica, colocando-os já na devida posição, devidamente arrumados e prontos a ligar. Algumas caixas, como as da NZXT e Corsair, incluem calhas que facilitam a arrumação dos cabos, mas a maioria dispõe de pontos de fixação que são perfeitos para prender os cabos com as já referidas abraçadeiras.
17 FEITO PARA SI
Sabemos que, de momento, ainda é muito difícil encontrar os componentes que desejaríamos, especialmente quando falamos de processadores e placas gráficas, uma vez que caixas e fontes de alimentação continuam disponíveis e aos preços de sempre. Como se a situação não fosse já má, aparentemente os preços vão continuar altos, a disponibilidade limitada e novas criptomoedas, como a Chia, vão voltar a aparecer e a arruinar a disponibilidade (e preços) de outros componentes.
Uma forma de se livrar destas confusões todas é abrir os cordões à bolsa e adquirir um computador pré-montado. Este tipo de computadores tem uma vantagem: o facto de não darem trabalho a montar (embora perca metade do encanto) e a garantia da compatibilidade entre todos os componentes.
Claro que existem pontos contra, como o facto de algumas caixas, embora bastante atraentes, acabarem por ser exageradamente compactas, dificultando o manuseamento dos componentes no interior, bem como a possibilidade de actualização do sistema. Resumindo, se não quiser ter trabalho, poderá optar por um bom computador de um dos principais fabricantes de PC, ou então por uma configuração já feita das principais lojas de informática a nível nacional, tendo estas a vantagem adicional de poder alterar um ou outro componente ao seu gosto.
18 ARREFECER O PROCESSADOR
Um ponto fundamental para garantir o correcto funcionamento do computador é garantir que o “cérebro” seja correctamente arrefecido. Para tal, pode optar por uma de três soluções: um dissipador de ar, um sistema de arrefecimento líquido em forma de kit (AIO) ou um sistema de arrefecimento líquido personalizado. A primeira solução é a mais generalizada, uma vez que alguns processadores já incluem dissipador. Esta solução é suficientemente eficaz para a maioria das situações, mas não consegue garantir o elevado desempenho de outras soluções de arrefecimento líquido. A terceira solução é a ideal em termos de desempenho, garantindo ao mesmo tempo a possibilidade de arrefecer mais componentes (como placa gráfica, chipset, memórias, etc). A solução intermédia é, portanto, a mais equilibrada e a nossa recomendação, pois garante um excelente desempenho num sistema relativamente simples de instalar, e que dispensa manutenção, como as outras duas soluções.
19 ARREFECIMENTO LÍQUIDO
A utilização de um sistema de arrefecimento líquido no PC não é propriamente uma novidade, mas nos últimos anos têm surgido novos fabricantes, com soluções que permitem tornar estes sistemas mais eficazes e bem mais atraentes. Ignorando os sistemas AIO, que usam circuitos fechados com os elementos todos montados, os de watercooling personalizados devem ser estudados antes de adquirir os produtos, para garantir que o sistema fica bem feito. Deverá ter em conta que, por cada componente arrefecido, deverá adicionar um espaço correspondente a uma ventoinha de 120 mm no radiador do sistema, ou seja, se quiser arrefecer o processador e a placa gráfica, deverá usar, pelo menos, um radiador de 240 ou 360 mm. Deverá igualmente ter em conta a dimensão da sua caixa, a colocação do radiador, e garantir espaço suficiente para a bomba e o reservatório, reservatório esse que deverá estar colocado por cima da bomba, para ajudar que a “alimente” apenas com a gravidade. Depois, deverá escolher o tipo de tubagens, como os tradicionais tubos maleáveis, bastante simples de instalar, mas que não são tão apelativos como as tubagens rígidas. Estas, por sua vez, podem ser utilizadas em conjunto com conectores e adaptadores angulares para os cantos, ou então, recorrendo a uma pistola de ar quente, dobrar o tubo para criar os ângulos desejados, de forma a que tudo caiba na posição correcta. Tenha muito cuidado, pois calor em excesso acabará por danificar a estrutura do tubo, o que, por sua vez, poderá levar a que o mesmo se parta quando estiver a ser utilizado. A criação de um sistema de watercooling personalizado poderá custar, pelo menos, trezentos euros, podendo o valor subir significativamente se desejar arrefecer outros componentes ou adicionar iluminação ao circuito.