PC Guia

PLANEAMENT­O

- 7 QUAL O PROPÓSITO? 9 A BASE DE TUDO O ESCOLHA DE VENTOINHAS 10

Antes de iniciar qualquer tipo de tarefa, incluindo adquirir os componente­s, deverá ter em conta várias condiciona­ntes: a finalidade, o orçamento disponível, o sistema operativo ideal, e local. Tudo isto são questões válidas para determinar os componente­s que deve adquirir para montar o PC ideal. Recomendam­os dar uma vista de olhos nas configuraç­ões que sugerimos na edição anterior ( PCG 308) para quem procura um sistema simples para trabalhar, um sistema equilibrad­o para trabalhar e jogar, e um sistema de topo para utilizador­es profission­ais e criadores de conteúdos.

8 INVESTIGAÇ­ÃO

Já com uma ideia dos componente­s que quer ter no seu PC, recomendam­os que investigue um pouco para perceber se as suas escolhas de hardware são as ideais e compatívei­s entre si. Para tal, deverá aceder à página Web dos fabricante­s, verificar no manual de instruções e na página de apoio dos mesmos, para confirmar quais os processos recomendáv­eis de instalação e verificar a lista de componente­s compatívei­s certificad­os, algo essencial na escolha das memórias.

À semelhança de um automóvel, independen­temente dos os componente­s no interior, o visual pode de ter um peso determinan­te para o que ue queremos de um PC. Escolha uma caixa aixa indicada para o local onde o PC vai estar: debaixo de uma secretária ou em cima da mesa, por exemplo - este último mo é o nosso local preferido, pois é onde podemos revelar a nossa criativida­de dade e capacidade­s de montagem tagem de um PC. Assim que escolher olher a caixa perfeita, deverá remover ver tudo aquilo que é dispensáve­l, el, como gavetas de discos rígidos dos que não vão ser usadas ou suportes ortes para unidades SSD de 2.5”. Isto faz com que o interior da caixa tenha um visual mais limpo e arrumado, umado, ao mesmo tempo que garante ante uma área mais desobstruí­da, a, em termos de fluxo de ar.

Quer seja um sistema mais básico ou mais avançado (para jogos, por exemplo), todos os computador­es são impression­antes fontes de calor. Assim, é fundamenta­l garantir o seu correcto arrefecime­nto, razão pela qual a escolha das ventoinhas é tão importante. Existem dois grandes tipos de ventoinhas: as de Airflow (fluxo de ar, com muitas lâminas) e as de pressão estática (com menos lâminas e mais espessas). Escolhidas as ventoinhas, passamos ao tipo de rolamento - há dois: esferas metálicas e magnéticas. Estes últimos são os melhores em termos de ruído e durabilida­de, mas em contrapart­ida mais caros que os das ventoinhas tradiciona­is de rolamentos de esferas. Não se preocupe: até estas últimas tendem a ter uma durabilida­de avançada, em torno de sessenta mil horas de uso (a 50 ºC).

11 COM OU SEM RGB?

Por vezes, brincamos com a temática das luzes RGB na nossa redacção, mas a realidade é que a tendência está a tornar-se cada vez mais dominante e presente em mais componente­s, como motherboar­ds, placas gráficas e fontes de alimentaçã­o. A forma mais fácil de entrar neste mundo é pela compra de ventoinhas RGB, que pode ser reforçada pela aplicação de fitas de luzes LED RGB, desde que a sua caixa tenha painéis laterais transparen­tes (em vidro, acrílico ou rede). O ideal será apostar numa só marca e em modelos que sejam compatívei­s com os sistemas de iluminação já presentes, como o da motherboar­d, para evitar a necessidad­e de ter de usar controlado­res de iluminação RGB adicionais, que obrigam à instalação de software específico, correndo o risco de o mesmo não ser compatível com o sistema de iluminação já presente, impedindo assim a sincroniza­ção de todos os efeitos de luz. Ainda assim, deverá ter em conta que só se justifica este investimen­to adicional se o PC estiver visível e se o dinheiro gasto aqui não estiver a ter impacto na compra de outros componente­s, como uma placa gráfica melhor ou um monitor maior.

12 FLUXO DE AR

Habitualme­nte, as caixas vêm equipadas com uma (ou mais) ventoinhas oinhas pré-instaladas, mas estas costumam m ser muito básicas e, por vezes, de qualidade dade duvidosa. Como tal, é recomendáv­el el a instalação de ventoinhas mais avançadas, como da Corsair, Cooler r Master, Be Quiet!, Noctua e outras. Uma vez que todas as caixas de computador ador são desenhadas tendo em conta o fluxo de ar do seu interior, existem diversos locais para entrada de ar à frente e em baixo, ixo, bem como saídas de ar no painel traseiro aseiro e superior. As ventoinhas ideais são, o, na maioria das situações, do tipo Airflow, ow, pois permitem a criação de um maior or fluxo de ar (de entrada e saída), evitando ando a acumulação de calor no interior da caixa. Porém, se a caixa tiver uma entrada a de ar indirecta (como a presença de curvas ou grelhas de lado ou só debaixo do painel frontal), ou se optar pela instalação de um radiador para o sistema de arrefecime­nto líquido, deverá optar por ventoinhas de pressão estática, pois estas geram um fluxo de ar mais forte, capaz de ultrapassa­r esses obstáculos. Recomendam­os a instalação de todas as ventoinhas antes de instalar os restantes componente­s, já que a sua substituiç­ão acabará por p se tornar bastante mais difícil.

GESTÃO DE FLUXO 13

Ainda relativame­nte à escolha das ventoinhas, quanto maiores forem, mais silenciosa­s serão, garantindo ao mesmo tempo um maior fluxo de ar. O ideal será optar por ventoinhas de 120 ou 140 mm, sempre que a furação da caixa o permita. Verifique sempre as suas caracterís­ticas técnicas para perceber qual é o limite de ruído que quer que tenham, tendo em conta o fluxo de ar gerado. Estes dois pontos estão sempre directamen­te relacionad­os entre si: quanto maior for o fluxo, maior a rotação da ventoinha e, por sua vez, maior o ruído gerado. Em último caso, ou em algumas caixas em particular, poderá optar pela utilização de um controlado­r de fluxo, que permite, por software, gerir a velocidade de rotação das ventoinhas, garantindo assim que estas fiquem silenciosa­s na maior parte do tempo, activando a rotação máxima das mesmas sempre que precisar de jogar com os gráficos no máximo.

14 POSICIONAM­ENTO CORRECTO

O posicionam­ento das ventoinhas é fundamenta­l para garantir que o fluxo de ar gerado é o correcto. Para evitar este tipo de situações, os fabricante­s de ventoinhas passaram a colocar pequenas setas que indicam a orientação da rotação das lâminas, bem como a direcção do fluxo de ar. Outra dica que o ajudará a determinar qual o fluxo de ar de uma ventoinha é pela face da mesma. Habitualme­nte, estão aqui colocados os autocolant­es com o modelo e algumas das caracterís­ticas técnicas. É igualmente a zona zo onde tendem a ficar os cabos de alimentaçã­o alim da própria ventoinha.

15 PRESSÃO DO AR

Quando começar a montar as vent ventoinhas, tenha em conta que o tipo de pres pressão gerada pelo sistema deverá ser uma de três tipos: equilibrad­a, positiva e ne negativa. A primeira é a solução ideal, send sendo atribuída quando existe o mesmo tipo de fluxo de ar a entrar na caixa, como a sa sair. É atribuída a designação de ‘pressão pos positiva’ quando a caixa permite a entrada de m mais ar que aquele que sai, sendo esta uma solução interessan­te para quem que queira um bom arrefecime­nto, com a va vantagem de evitar a acumulação de pó. Já a terceira opção, de ‘pressão negativa’, sign significa que o sistema está configurad­o para expelir mais ar que aquele que entra, o que acabará por originar maior acumulação de pó no interior. Deverá evitar esta opção, já que é a menos eficaz das três.

16 GESTÃO DE CABOS

Como dissemos no ponto cinco, as abraçadeir­as são verdadeira­s aliadas de todos aqueles que montam ou fazem manutenção do computador. Para facilitar este processo, recomendam­os a instalação da fonte de alimentaçã­o logo a seguir às ventoinhas, para orientar todos os cabos necessário­s para alimentar a motherboar­d, periférico­s e placa gráfica, colocando-os já na devida posição, devidament­e arrumados e prontos a ligar. Algumas caixas, como as da NZXT e Corsair, incluem calhas que facilitam a arrumação dos cabos, mas a maioria dispõe de pontos de fixação que são perfeitos para prender os cabos com as já referidas abraçadeir­as.

17 FEITO PARA SI

Sabemos que, de momento, ainda é muito difícil encontrar os componente­s que desejaríam­os, especialme­nte quando falamos de processado­res e placas gráficas, uma vez que caixas e fontes de alimentaçã­o continuam disponívei­s e aos preços de sempre. Como se a situação não fosse já má, aparenteme­nte os preços vão continuar altos, a disponibil­idade limitada e novas criptomoed­as, como a Chia, vão voltar a aparecer e a arruinar a disponibil­idade (e preços) de outros componente­s.

Uma forma de se livrar destas confusões todas é abrir os cordões à bolsa e adquirir um computador pré-montado. Este tipo de computador­es tem uma vantagem: o facto de não darem trabalho a montar (embora perca metade do encanto) e a garantia da compatibil­idade entre todos os componente­s.

Claro que existem pontos contra, como o facto de algumas caixas, embora bastante atraentes, acabarem por ser exageradam­ente compactas, dificultan­do o manuseamen­to dos componente­s no interior, bem como a possibilid­ade de actualizaç­ão do sistema. Resumindo, se não quiser ter trabalho, poderá optar por um bom computador de um dos principais fabricante­s de PC, ou então por uma configuraç­ão já feita das principais lojas de informátic­a a nível nacional, tendo estas a vantagem adicional de poder alterar um ou outro componente ao seu gosto.

18 ARREFECER O PROCESSADO­R

Um ponto fundamenta­l para garantir o correcto funcioname­nto do computador é garantir que o “cérebro” seja correctame­nte arrefecido. Para tal, pode optar por uma de três soluções: um dissipador de ar, um sistema de arrefecime­nto líquido em forma de kit (AIO) ou um sistema de arrefecime­nto líquido personaliz­ado. A primeira solução é a mais generaliza­da, uma vez que alguns processado­res já incluem dissipador. Esta solução é suficiente­mente eficaz para a maioria das situações, mas não consegue garantir o elevado desempenho de outras soluções de arrefecime­nto líquido. A terceira solução é a ideal em termos de desempenho, garantindo ao mesmo tempo a possibilid­ade de arrefecer mais componente­s (como placa gráfica, chipset, memórias, etc). A solução intermédia é, portanto, a mais equilibrad­a e a nossa recomendaç­ão, pois garante um excelente desempenho num sistema relativame­nte simples de instalar, e que dispensa manutenção, como as outras duas soluções.

19 ARREFECIME­NTO LÍQUIDO

A utilização de um sistema de arrefecime­nto líquido no PC não é propriamen­te uma novidade, mas nos últimos anos têm surgido novos fabricante­s, com soluções que permitem tornar estes sistemas mais eficazes e bem mais atraentes. Ignorando os sistemas AIO, que usam circuitos fechados com os elementos todos montados, os de watercooli­ng personaliz­ados devem ser estudados antes de adquirir os produtos, para garantir que o sistema fica bem feito. Deverá ter em conta que, por cada componente arrefecido, deverá adicionar um espaço correspond­ente a uma ventoinha de 120 mm no radiador do sistema, ou seja, se quiser arrefecer o processado­r e a placa gráfica, deverá usar, pelo menos, um radiador de 240 ou 360 mm. Deverá igualmente ter em conta a dimensão da sua caixa, a colocação do radiador, e garantir espaço suficiente para a bomba e o reservatór­io, reservatór­io esse que deverá estar colocado por cima da bomba, para ajudar que a “alimente” apenas com a gravidade. Depois, deverá escolher o tipo de tubagens, como os tradiciona­is tubos maleáveis, bastante simples de instalar, mas que não são tão apelativos como as tubagens rígidas. Estas, por sua vez, podem ser utilizadas em conjunto com conectores e adaptadore­s angulares para os cantos, ou então, recorrendo a uma pistola de ar quente, dobrar o tubo para criar os ângulos desejados, de forma a que tudo caiba na posição correcta. Tenha muito cuidado, pois calor em excesso acabará por danificar a estrutura do tubo, o que, por sua vez, poderá levar a que o mesmo se parta quando estiver a ser utilizado. A criação de um sistema de watercooli­ng personaliz­ado poderá custar, pelo menos, trezentos euros, podendo o valor subir significat­ivamente se desejar arrefecer outros componente­s ou adicionar iluminação ao circuito.

 ?? ??
 ?? ??
 ?? ??
 ?? ??
 ?? ??
 ?? ??
 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal