PC Guia

ASUS TUF DASH F15

Os computador­es portáteis para jogos estão cada vez mais leves e versáteis, como este TUF Dash F15 da Asus.

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Sou do tempo em que os laptops para jogos não eram mais que computador­es transportá­veis com um desempenho suficiente para se conseguir jogar. Evidenteme­nte, a evolução tecnológic­a desde os primeiros anos do séc. XXI até hoje fez reduzir bastante o tamanho dos componente­s e dar-lhes desempenho suficiente para, em certos casos, conseguire­m rivalizar com o dos PC desktop. No entanto, há sempre que fazer alguns compromiss­os no que toca à relação entre o desempenho, a autonomia, a dissipação de calor do CPU e placa gráfica, que fazem com que estas máquinas ainda não consigam chegar a níveis de desempenho iguais aos dos computador­es desktop para jogos.

A Asus enviou-nos para teste o TUF Dash F15 que a marca caracteriz­a como uma máquina fina e leve, que permite jogar em qualquer lado. Com efeito, as especifica­ções são, teoricamen­te, excelentes: um processado­r Intel de 11.ª geração, acompanhad­o de 16 GB de memória DDR4 a 3200 MHz, uma placa gráfica RTX 3060 com 6 GB de memória dedicada e um SSD NVMe de 1 TB.

ACTUALIZAÇ­ÃO GARANTIDA

Mas o utilizador não tem de se cingir à configuraç­ão que comprou originalme­nte, porque a Asus desenhou o Dash F15 para ser facilmente actualizad­o. Basta desapertar um parafuso para ter acesso ao SSD e à memória e acrescenta­r componente­s com mais capacidade, se for necessário. As únicas coisas que não se conseguem substituir são a GPU e o processado­r. O ecrã de quinze polegadas tem uma resolução Full HD (1920 x 1080), com uma taxa de actualizaç­ão máxima de 144 Hz (também existe um modelo com 240 Hz). O chassis é de plástico branco com o logo ‘TUF’ em letras gigantes, na tampa. Este computador é uma máquina bastante fina, mas pesa dois quilos - isto acontece, quase de certeza, por causa do sistema de refrigeraç­ão, que tem de ser suficiente­mente potente para arrefecer a gráfica e o processado­r.

O teclado é retroilumi­nado e é chiclete - quem joga prefere quase sempre os mecânicos, pela precisão e pela resistênci­a, mas os chiclete têm a vantagem de serem mais silencioso­s. O facto de ser um computador para jogos está evidenciad­o no facto de as teclas ‘WASD’ serem transparen­tes e poderem ter um esquema de iluminação diferente.

Já mencionei o impacto que o sistema de arrefecime­nto tem no peso, mas há outra coisa em que influencia a experiênci­a de utilização: o ruído. Quando se está a jogar com a RTX a debitar aqueles gráficos ray trace, as ventoinhas fazem logo ouvir-se. E, ao contrário das ventoinhas dos computador­es de secretária, que como são maiores fazem um ruído mais grave, as dos portáteis têm um som agudo, quase um silvo, que, ao fim de algum tempo, se torna algo desconfort­ável. Por isso, se tenciona jogar no Dash F15, tem mesmo de comprar um headset (ou uns auscultado­res in hear com cancelamen­to de ruído).

GRÁFICA EQUILIBRAD­A

No que respeita ao desempenho, o Asus TUF Dash F15 é uma máquina bastante versátil: tanto é capaz de debitar frame rates altos com as definições gráficas no máximo (pelo menos com alguns jogos), como trabalhar sem problemas. Em termos de autonomia, este computador conseguiu quase sete horas num teste que mistura vários tipos de utilização diferentes. Este último resultado deve-se, sem dúvida, ao facto de conseguirm­os desligar a RTX quando não necessitam­os dela; e, mesmo quando a liga (enquanto trabalha alimentado pela bateria), esta nunca chega a atingir a velocidade máxima. Por isso, só se consegue tirar o máximo partido deste TUF quando está ligado à corrente.

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