As intermináveis proezas de Ronaldo
O último jogo com a camisola de Portugal em que Cristiano Ronaldo não marcou qualquer golo foi... a final do Europeu, naquele 10 de junho que irá acompanhar-nos até ao último dos dias. E mesmo nesse jogo de Paris, como todos nos lembramos, o capitão teve de deixar o relvado demasiado cedo (25 minutos) por lesão. Ora, acontece que, daí para cá, Ronaldo fez mais 4 jogos pela Seleção Nacional e apontou a barbaridade de 9 golos (!). Só mesmo um extraterrestre é capaz de marcar esta quantidade anormal de golos em tão curto número de jogos, todos eles da fase de qualificação que irá levar-nos ao Mundial da Rússia.
Acontabilidade recente é esta: 4 golos frente a Andorra (7 de outubro), 1 golo com as Ilhas Faroé (10 de outubro), mais 2 no duelo com a Letónia (13 de novembro) e, por fim, estes 2 à Hungria (ontem). Como se explica mais à frente, na página 9, Ronaldo é já, no espaço do futebol, o 4.º jogador mais concretizador ao serviço das seleções nacionais, atrás de Puskas, Kocsis e Klose. E os 84 golos de Puskas, líder deste ranking, parecem cada mais ao alcance do português que, depois de amanhã, terá a suprema alegria de, pela primeira vez, vestir a camisola portuguesa na ‘sua’ ilha da Madeira.
Comoseaindanãobastassemosfeitos, Ronaldo conseguiu ontem um feito inédito por Portugal: 4 jogos consecutivos a marcar. Contas feitas, dos 70 golos que já apontou, 20 foram já com Fernando Santos (2014–2017). Os restantes 50 são as- sim distribuídos: 21 com Scolari (2003–2008), 2 com Carlos Queiroz (2008–2010) e 27 com Paulo Bento (2010–2014). Aquímica especial que parece ter com o atual selecionador levará a que, em breve, o engenheiro fique também com esse ‘título’: o de treinador que mais contribuiu para o recorde de golos que CR7 irá fixar na lista dos melhores marcadores por Portugal. E que, provavelmente, será inatingível.
É CADA VEZ MAIS CLARO QUE EXISTE UMA QUÍMICA ESPECIAL ENTRE CAPITÃO E SELECIONADOR NACIONAL