Controlo absoluto do jogo
Portugal demorou mais de 20 minutos a levar o jogo para os parâmetros que mais lhe convinham e que, em boa verdade, se aguardavam numa análise prévia. Certo que a Nova Zelândia teve um início prometedor, atrevido e capaz de criar alguns embaraços estratégicos à Seleção Nacional: o primeiro remate à baliza aconteceu aos 24 minutos por Cristiano Ronaldo mas, a
PRESSIONAR ALTO FOI DECISIVO: PARA O ATAQUE POSICIONAL MAS TAMBÉM PARA AS TRANSIÇÕES RÁPIDAS
partir desse momento, o jogo passou a ter apenas um sentido. Quando pegou na bola, subiu as linhas e se empenhou em atacar a baliza neozelandesa, Portugal consolidou superioridade indiscutível e começou a criar sucessivas brechas na muralha que tinha pela frente; obrigou o antagonista a recuar para o seu extremo reduto e chegou ao golo [1]. Mal se apanhou em vantagem no marcador, a equipa na- cional tornou-se mais pressionante, versátil e inspirada no processo de ataque. A atitude foi tão clara e consistente que a Nova Zelândia deixou de ter tempo e espaço para sair da zona defensiva. Para isso contribuiu a pressão alta dos portugueses, que não permitiram qualquer veleidade aos antagonistas [2]. A segunda parte foi mais discuti- da, também porque Portugal abrandou o ritmo, seguro de que não valia a pena prosseguir a desgastante missão de chegar com êxito aos terrenos da finalização. Após o intervalo foi vulgar assistir a transições ofensivas rápidas e participadas dos jogadores nacionais. A Nova Zelândia subiu no terreno, recuperou a ambição de aproximar-se da baliza de Rui Patrício e permitiu à equipa comandada por Fernando Santos desdobrar-se em lances de trás para a frente, alguns dos quais perante adversário desequilibrado [3]. Os terceiro e quarto golos portugueses nasceram de recuperações em zonas altas do campo e ataques rápidos, concluídos com precisão por André Silva e Nani. *