“O vídeo-árbitro não vai resolver tudo”
Lucílio Baptista acredita que haverá mais verdade desportiva, mas as más decisões não vão acabar
O vídeo-árbitro será realidade na próxima Liga NOS, uma adaptação aos novos tempos em que Portugal está na primeira linha e que Lucílio Baptista acredita irá “trazer muito maior verdade desportiva”. No entanto, o vice-presidente do CA da FPF lembra que se está numa fase experimental, que irão continuar as situações duvidosas, mas sem desvirtuar a verdade dos jogos.
“Estou convencido que, com a introdução do vídeo-árbitro, os erros grosseiros vão reduzir drasticamente. Há de haver sempre dúvidas, mas as situações que desvirtuam os jogos, os resultados, essas acredito que mais de 90% irão acabar”, afirmou Lucílio Baptista no colóquio ‘Fair play, Comunicação e Novas Tecnologias’, que decorreu ontem em Sesimbra e contou com a participação do diretor de Record, António Magalhães.
O antigo árbitro considera que acima de tudo está o futebol e a verdade desportiva, sublinhando que o vídeo-árbitro é um apoio muito importante, mas que também traz mais responsabilidade: “Não queremos discussões sobre quem é o vídeo-árbitro nomeado”, avisa. “Obviamente, os árbitros sentem-se mais confortáveis com o apoio tecnológico, mas isso significa maior responsabilização. Na Taça das Confederações as decisões do vídeo-árbitro que temos na retina são as menos positivas, mas também há boas decisões”, justificou Lucílio Baptista, que admite ter ficado surpreendido pela positiva com a “abertura real” do Internacional Board em fazer novas mudanças no futebol, entre as quais o jogo passar a ter 60 minutos, com o relógio a parar, tal como acontece no futsal. *