“SAD DEU A VO A QUADRO COMPL
Quem é o novo presidente da SAD do Portimonense? RODINEYFONSECA- NasciemSão Paulo, no Brasil, e o futebol sempre fez parte da minha vida. Comecei a jogar nas categorias de base do Corinthians, na esperança de chegar à equipa principal de um dos grandes clubes e à seleção, o sonho de todos os jovens do meu país natal, mas, infelizmente, acabei por não atingir esses patamares.
Jogavaemque posição?
RS - Lateral-direito, devido à baixa estatura e também à velocidade, que era a minha principal arma. Tinha alguma qualidade mas no Brasil todos os dias nascem grandes jogadores...
Arelação de amizade comTheodoro Fonseca, acionista maioritário daSAD, vemdesses tempos? RS - Somos amigos desde a infância, numa relação que se estende às famílias. Tenho trabalhado com o Theo em vários projetos e são mais de 40 anos marcados por uma confiança cega.
Gorado o sonho de ser um grande jogador, continuou ligado ao futebolde que forma?
RS - Theodoro Fonseca promoveu um intercâmbio de escolinhas de futebol do Japão que iam ao Brasil aprender e eu era um dos responsáveis pela parte técnica desse projeto. Fiz também observação de jogadores, de equipas... Trabalhámos com vários clubes brasileiros, como São Paulo, Santos, Cruzeiro e Atlético Mineiro. Como São Paulo as relações são muito próximas até hoje, o que ajuda a explicar o elevado número de jogadores do plantel do Portimonense de lá provenientes.
Até que se mudou para o Japão...
RS - É verdade. O Theo tinha ido na frente e surgiu a possibilidade de colocarmos jogadores naquele mercado, sendo necessário acompanhá-los. Ainda joguei por lá, em equipas universitárias, e integrei as equipas técnicas de academias de clubes locais, mas a parte essencial passava pelo apoio direto aos brasileiros que iam chegando.
Hulk,que chegariadepois ao FC Porto, foiumdesses jogadores que trocou o Brasil pelo Japão...
RS - Sim. Tínhamos trabalhado com ele no Vitória da Bahia e posso dizer que o acompanhei desde os 18 anos. Outros jogadores que singraram na Europa também passaram pelas nossas mãos no Vitória: Cléber Santana (representou o Atlético Madrid e faleceu no acidente aéreo que vitimou grande parte da equipa do Chapecoense), Jardel, do Benfica, que fui recrutar ao Avaí com 18 anos, ou David Luiz, que depois ingressou no Benfica.
Foi importante para si essa experiênciaem terras nipónicas?
RS - Muito! Conheci uma alargado leque de pessoas ligadas ao futebol, no Japão, no Brasil e noutros países e tive oportunidade de colaborar com a organização do Mundial de 2002, cujafinalse disputouemYokohama.
Do Japão para Portugal. O que originou amudança?
RS - O Hulk assinou pelo FC Porto e eu acompanhei-o. Entretanto, o Theodoro Fonseca decidiu que faria todo o sentido abrir um escritório em Portugal, de forma a dar mais atenção ao mercado europeu, com o qual já tínhamos várias ligações, através do trabalho desenvolvido em conjunto com Juan Figger. Entre o Brasil e o Japão são cerca de 26 horas de voo. Aqui estamos mais no centro do Mundo.
E o Portimonense, como surge no vosso percurso?
RS - Theodoro Fonseca conheceu através do FC Porto o presidente do Portimonense (Fernando Rocha, antigo dirigente dos dragões) e já ajudava o clube mesmo antes da constituição da SAD, colocando aqui jogadores - Eliézio, Jonas, Pedro Silva, Renatinho... O Portimonense passou fugazmente pela Liga NOS e só não registou duas descidas consecutivas devido aos problemas vividos pelo Varzim, que ficou impedido de participar na 2ª Liga. Um quadro complicado. Felizmente conseguimos, com muito trabalho, dar a volta esse registo.
O que encontraram?
RS - Tendo em conta as exigências da 2ª Liga, não estavam assegurados meios para construir uma equipa competitiva e importava investir de imediato não apenas no reforço do plantel como noutros domínios. Exemplos? O Portimonense não
“ACOMPANHEI HULK DESDE OS 18 ANOS E TRABALHEI TAMBÉM COM JARDEL (BENFICA) E DAVID LUIZ, ENTRE VÁRIOS OUTROS”