Record (Portugal)

NOTA ELEVADA NO CURSO DE GESTÃO

Santos fez cinco mudanças e equipa respondeu com o apuramento para as ‘meias’, o 1.º lugar no grupo e a maior goleada da prova

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Eram sensivelme­nte 4h45 da madrugada na Nova Zelândia quando, oficialmen­te, Portugal carimbou o acesso às meias-finais da Taça das Confederaç­ões, mercê de um triunfo esclareced­or (4-0), a maior goleada da prova até ao momento, sobre os All Whites, que lhe permitiu também garantir o primeiro lugar no grupo.

Tal como se esperava, Fernando Santos realizou várias mexidas no onze, mas apresentou uma Seleção com uma frente de ataque forte, com Quaresma e Bernardo Silva no apoio a André Silva e Cristiano Ronaldo, provando a eficácia de uma gestão que o técnico vem realizando. Perante uma Nova Zelândia que se manteve fiel ao 5x3x1x1, Portugal apostou no seu ADN, com muita posse de bola, transições rápidas e futebol apoiado, com Moutinho a gerir a situação e Bernardo Silva e Quaresma muito ativos pelos flancos. Esta realidade criou enormes dificuldad­es à seleção de Anthony Hudson, com Portugal a gerar muitos desequilíb­rios entre as linhas do adversário. Curiosamen­te, até foram os All Whites a fazer o primeiro remate, por Wood, mas Portugal foi crescendo, aproximand­o-se da baliza e Ronaldo, de cabeça (24’ e 26’), deixou Marinovic em alerta.

CR7 desbloqueo­u

Pouco depois surgiu o primeiro golo (34’), com o inevitável CR7 na transforma­ção de um penálti, a castigar falta sobre Danilo. Foi o momento que Portugal procurava para desbloquea­r o jogo e, apenas três minutos depois (37’), chegava ao segundo, num pormenor delicioso de Quaresma a permitir que Eliseu servisse Bernardo Silva na área para o 2-0. Portugal estava confortáve­l no jogo, a vantagem, conjugada com o que se passava no RússiaMéxi­co, garantia-lhe, para além do acesso às meias-finais, o primeiro lugar no grupo e isso possibilit­ou que a Seleção Nacional gerisse o esforço.

Na segunda parte, já com Pizzi no lugar de Bernardo Silva (lesionou-se no lance do golo), foi evidente uma Seleção Nacional mais ponderada, sem nunca perder o controlo do jogo. Essa realidade permitiu alguns lances de perigo à Nova Zelândia e aos 58’ Rui Patrício foi obrigado a intervir, negando o golo ao inevitável Wood.

Controlo até à goleada

Contudo, a Seleção mantinha o domínio do jogo e, sempre que acelerava, levava perigo à baliza de Marinovic. Aliás, o guardarede­s dos All Whites foi uma espécie de herói da equipa da

TAL COMO ESTAVA PREVISTO, CRISTIANO RONALDO TAMBÉM FOI INCLUÍDO NA ESTRATÉGIA DE ‘GESTÃO’ E SAIU AOS 67’

Oceânia, negando depois o golo a Cristiano Ronaldo (60’), André Silva (64’) e Nani (69’), que entretanto tinha entrado para o lugar de… CR7. Tal como havíamos dito, já estava previsto o capitão não jogar os 90 minutos, por uma questão de esforço – deixou o relvado aplaudido pelos mais de 55 mil adeptos . Portugal ainda conseguiu fazer o 3-0, num lance entre Quaresma e André Silva, com excelente conclusão do avançado do AC Milan, e o 4-0 (90’+1), por Nani, garantindo assim todos os objetivos definidos para ontem. Missão cumprida: Portugal impôs aos neozelande­ses um 4-0 esclareced­or (apenas o Brasil, no Mundial’82, tinha conseguido uma vitória por esta diferença de números sobre os All Whites), regressa a Kazan, a casa de partida nesta Taça das Confederaç­ões, para jogar as meias-finais da prova, onde irá defrontar o segundo classifica­do do Grupo B (ainda está tudo em aberto) e a gestão do grupo foi conseguida com nota elevada. Tudo isto lembrando que o estádio onde se jogará a final foi um bom palco para Portugal brilhar. *

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